A Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV) afirma que o “voluntariado é uma força de mudança”, dá “mais humanismo aos setores onde atua” e pede alterações à lei que regula o seus exercício, em Portugal.
“[O voluntariado] procura contrariar uma civilização marcada, predominantemente, por relações mercantis, colocando dúvidas, se não até suspeitas, sobre quem dá o seu tempo e as suas competências com total gratuidade”, escreve o presidente da direção da CPV na mensagem para o Dia Internacional do Voluntariado.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, Eugénio Fonseca afirma que em Portugal o voluntariado é, inequivocamente, uma força de mudança”.
A CPV manifesta a sua “gratidão a todos os portugueses e portuguesas” que se “empenham na edificação do bem comum”, em atividades assistenciais no plano social e da saúde, educativas, culturais, desportivas, ambientais e políticas.
Os voluntários, “gente generosa”, necessita de “maior reconhecimento”, por isso, para a Confederação Portuguesa do Voluntariado “é imperiosa a alteração da lei”, que vigora há 21 anos, pela “necessidade de se clarificar melhor o conceito de voluntariado”.~
“Há que penalizar quem se aproveita do trabalho voluntário para não criar postos de trabalho efetivos”, alerta, dando como exemplo as entidades que organizam “eventos com fins lucrativos e utilizam jovens para tarefas que deveriam ser remuneradas” e, em algumas situações, “os aliciados ainda têm de assumir custos”.
Neste âmbito defendem ainda a necessidade de se alterar para os 16 anos de idade a idade mínima para o exercício do voluntariado, “já que surgem programas patrocinados pelo Estado no domínio do voluntariado jovem que não estão em conformidade com a lei”.
A CPV que “enaltece o esforço” de muitas organizações de voluntariado ou integradoras de voluntários “apela” ao Estado central e às autarquias que “disponham de equipamentos devolutos a disponibilizá-los, preferencialmente sem custos”, a estas organizações.
Na mensagem para o Dia Internacional do Voluntário, que se comemora esta quinta-feira, a organização apela também aos concidadãos e concidadãs que “não aguardem” pela aposentação para “cumprirem esta possibilidade de participação cívica fundamental”.
A Confederação Portuguesa do Voluntariado representa os voluntários nos “diferentes domínios de atividade, defendendo os seus direitos e interesses”, junta 35 entidades coletivas privadas representativas ou promotoras de voluntariado, e foi constituída a 19 de janeiro de 2007.
(Com Ecclesia)