Visita Pastoral a São Jorge termina este domingo

D.Armando Esteves Domingues visita paróquia da Calheta e às 17h00 conclui visita pastoral na Ermida de Santo António, com oração de Vésperas

Foto: igreja Açores/CR

Depois de mais de uma semana em visita pastoral, D. Armando Esteves Domingues termina este domingo o seu périplo por São Jorge onde esteve com os párocos e deu a volta à ilha para conhecer as pessoas, os lugares e o património da diocese nesta ouvidoria.

“Deste ponto de vista, os objetivos foram totalmente concretizados” avançou ao Sítio Igreja Açores o bispo de Angra numa antecipação do balanço desta visita.

Das reuniões com os Conselhos Pastorais Paroquiais e Conselho Pastoral de Ouvidoria, com quem se vai encontrar ainda hoje de novo, o prelado conclui que o caminho para uma maior  inter-paroquialidade que favoreça o trabalho conjunto e alavanque a criação de unidades pastorais não pode ser posto de parte.

“Se queremos perspetivar a ilha num quadro de dez anos temos de ver como podemos responder de forma mais eficiente aos problemas do mundo de hoje” refere o prelado.

“As paróquias mantém-se mas devemos assegurar que o mesmo sacerdote possa desenvolver trabalho conjunto com todos, mas com estruturas únicas de resposta a uma zona ou unidade pastoral” esclarece o prelado que no final da visita pastoral aos Rosais  e santo Amaro e Topo e Santo Antão, já aflorou esta questão.

“Tem sido importante o contacto com Conselhos Pastorais e com os diversos serviços de toda a ilha para conseguirmos individualizar um ou outro ponto mais frágil e vermos que opções temos pela frente nomeadamente na criação de outros serviços como a pastoral do Turismo ou a da Mobilidade Humana”, refere ainda.

“Identificar pessoas e grupos que possam assumir a coordenação pastoral e manter uma relação direta com os serviços diocesanos é fundamental, desde logo na área da formação onde se pretende uma articulação com a escola de ouvidoria”, salienta D. Armando Esteves Domingues.

Já o ouvidor, padre Dinis Silveira, não  tem dúvidas de que “o futuro tem de passar por uma reorganização da ouvidoria não apenas por falta de sacerdotes mas porque a Igreja, no seu todo, tem de se adaptar a novas realidades”.

“A nossa ilha sendo tão dispersa e tão despovoada nalgumas zonas não pode continuar a apostar numa pastoral de manutenção só para mantermos as coisas tal como estão, porque sempre foi assim” refere o sacerdote em declarações ao Sítio Igreja Açores.

“A partir do que já foi feito e não só quando os problemas aparecerem temos de ser capazes de refletir e discernir sobre respostas concretas para não as darmos à pressa”.

“Julgo que a solução passa pela criação de unidades pastorais de tal forma que leigos e ministros ordenados possam dar resposta às exigências que a vida cristã coloca: evangelização, caridade e catequese”, refere.

“É neste sentido que estamos a trabalhar a partir de uma pastoral de conjunto, com os serviços  que já estão ou que possam vir a ser criados, de tal forma que  possam ajudar as unidades pastorais a partir da ouvidoria em áreas chave como a catequese, a liturgia, a juventude e outros a sentir-se ajudadas a caminhar”.

Segundo o sacerdote, que tem a experiência de ter liderado duas paróquias vizinhas que a própria geografia jorgense aproxima, “as pessoas estão abertas a esta ministerialidade”.

A visita pastoral que agora termina é a segunda do episcopado de D. Armando Esteves Domingues nos Açores, na véspera de cumprir seis anos de ordenação episcopal.

Este sábado depois de ter pernoitado na Fajã de São João, o bispo de Angra rezou na Ermida desta fajã que está intimamente ligada ao bispo do José Pedro da Silva, jorgense, que o ordenou sacerdote em Viseu, fará em janeiro 43 anos.

Esta ermida era o lugar onde o prelado açoriano celebrava sempre que vinha de férias. É dedicada a Nossa Senhora da Guia e por cima da imagem tem a inscrição do Evangelho de São João- “Eis a tua mãe”- que o 40º bispo de Angra inscreve também no lema do seu episcopado.

D. Armando Esteves Domingues foi nomeado pelo papa Francisco bispo de Angra a 3 de novembro de 2022, tendo entrado na diocese no dia 15 de janeiro de 2023.

Scroll to Top