Os três vigários territoriais e o vigário para a formação lembram que apesar de ser um Natal diferente “o essencial mantém-se”
Este é um Natal diferente e todos o experienciam mas, apesar dos constrangimentos impostos pela pandemia ao convívio social neste Natal, a essência da festa mantém-se, centrada em Jesus. Esta é a principal mensagem deixada pelos quatro vigários que formam o Conselho Episcopal de diocese de Angra à interpelação feita pelo Igreja Açores e que pode ouvir esta tarde, a partir do meio-dia, no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.
Os três vigários territoriais, do Oriente ao Ocidente do Arquipélago, e o vigário para a formação lembram que “a Luz” que emana do presépio deve ser “uma presença” efetiva na vida dos cristãos.
“O maior segredo do Natal é a presença” refere o cónego Adriano Borges, vigário episcopal da Vigararia Nascente, que integra as ilhas do grupo oriental, São Miguel e Santa Maria.
“O Menino-Deus que encarna e está sempre presente(…), que fez de si mesmo um presente, uma oferta para a vida de cada homem e mulher que o quiser receber e que é o Deus do presente, que caminha connosco ao longo da história”, afirma o sacerdote que é reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres.
Já o cónego Hélder Fonseca Mendes, que é Vigário episcopal para a Vigararia do Centro, que integra as ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, desafia as comunidades cristãs destas ilhas a “centrarem-se no presépio, de onde vem a Luz”.
Esta é uma oportunidade, refere, para dar “mais valor à criação, à terra, à pessoa e à família, ao direito e à justiça. Celebremos a alegria histórica da Sua vinda; a alegria do mistério que está a acontecer e a Sua vinda gloriosa” refere o sacerdote que é também o vigário-geral da diocese de Angra e pároco da Catedral.
Mais a Ocidente, na vigararia composta pelas ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo, o vigário episcopal, padre João António Neves João Neves, sublinha “um Natal diferente, mas com um espírito igual centrado no nascimento de Jesus”.
Essa boa nova, destaca o sacerdote, que é pároco nas Lajes do Pico, é “a luz” que deve estar presente na vida de cada um, sobretudo neste contexto de pandemia.
“A luz que Ele trouxe, este ano, ainda faz mais sentido” refere exortando a que essa “luz de Deus possa ir até ao intimo do coração de cada um de forma a que mesmo distantes possam estar próximos, com todas as precauções para vencermos esta situação”, adianta.
O padre Jorge Ferreira, novo vigário episcopal para a formação, e prefeito de estudos no Seminário Episcopal de Angra, sublinha um Natal diferente mas com uma marca identitária cristã.
“É um natal diferente: um Natal do respeito pelas regras e pelo respeito da saúde” refere o sacerdote.
“Estamos sujeitos a celebrar o Natal mais centrados no essencial. Por isso, privados que estamos do convívio daqueles que nos são queridos, é uma oportunidade para vermos o que realmente importa; é uma oportunidade para vivermos fora do consumismo”, alerta.
“Que este tempo seja de saúde, alegria e paz e cheio da esperança que o nascimento de Jesus nos deu” exorta o padre Jorge Ferreira.
Estas mensagens, que culminam com os votos de um feliz e santo Natal por parte de todos os responsáveis do núcleo mais próximo do bispo de Angra, podem ser ouvidas na integra no programa de rádio Igreja Açores que vai para o ar este domingo, a partir do meio dia, na Antena 1 Açores e no Rádio Clube de Angra.