O Vaticano projetou uma série de viagens internacionais do Papa Francisco, em 2022, que deve manter uma agenda preenchida, aos 85 anos de idade e a caminho de nove anos de pontificado.
O primeiro destino confirmado é a cidade italiana de Florença, a 22 de fevereiro, para um encontro com bispos e responsáveis de Câmaras Municipais, dedicado ao Mediterrâneo.
A viagem acontece seis anos depois da primeira visita do Papa a Florença, para a V Conferência Nacional da Conferência Episcopal Italiana (CEI).
Em fevereiro de 2020, Francisco esteve no encontro “Mediterrâneo, fronteira de paz”, que decorreu na cidade de Bari.
Outro grande evento confirmado é X Encontro Mundial das Famílias, que vai decorrer num formato inédito, de 22 a 26 de junho de 2022, com iniciativas globais nas dioceses católicas e em Roma, que acolhe os delegados das Conferências Episcopais e dos movimentos internacionais empenhados na Pastoral Familiar em volta do tema “Amor em família: vocação e caminho de santidade”.
A Santa Sé confirmou em outubro de 2021 que o Papa aceitou o convite da Conferência Episcopal do Canadá para uma visita ao país, inserida no processo de “reconciliação” com os povos indígenas, anunciou hoje o Vaticano.
O portal de notícias de Vaticano recorda ainda que, em várias entrevistas, o Papa Francisco também expressou o seu desejo de visitar a República Democrática do Congo, Papua Nova Guiné e Timor Leste, além de um eventual regresso à Hungria, após a breve passagem por Budapeste, em setembro de 2021, para o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional.
“O desejo de uma peregrinação ao Líbano, em meio a uma grave crise humanitária, política e económica, nunca diminuiu”, acrescenta o ‘Vatican News’.
A anunciada e sucessivamente viagem do Papa ao Sudão do Sul, juntamente com o primaz anglicano, esteve a ser preparada no terreno, na última semana de dezembro, pelo secretário do Vaticano para as relações com os Estados, D. Paul Richard Gallagher.
O próprio Francisco admitiu, por outro lado, que gostaria de reencontrar-se em breve com o patriarca de Moscovo, Cirilo, chefe da Igreja Ortodoxa na Rússia, mostrando-se disponível para se deslocar ao país.
A nível interno, o Papa continua a promover o trabalho de reforma da Cúria Romana, ultimando uma nova Constituição, e lançou no último mês de outubro um processo sinodal que procura envolver as dioceses de todo o mundo, até 2023, e que este ano deve conhecer o seu primeiro instrumento de trabalho, documento central que recolhe os contributos das várias comunidades católicas.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.
O Papa fez até hoje 35 viagens internacionais, nas quais visitou 53 países, incluindo Portugal.
(Com Ecclesia)