O secretário de Estado do Vaticano destacou a “dor” do Papa perante a guerra na Ucrânia, pedindo a mesma onda de solidariedade para quem atravessa o Mediterrâneo, na tentativa de chegar à Europa.
O cardeal Pietro Parolin falava ao portal ‘Vatican News’ a respeito da próxima viagem internacional de Francisco, que se desloca a Malta, no sábado e domingo.
“Fará essa viagem com a forte dor que já manifestou em muitas ocasiões nos últimos meses, nas últimas semanas pelo que está a acontecer na Ucrânia e repetirá, imagino, o seu apelo para que parem os combates, se calem as armas e se continue a dialoga”, precisou, numa entrevista divulgada online.
O colaborador mais direto do Papa considerou “admirável” o esforço de apoio aos refugiados ucranianos, desejando que esse esforço possa “ajudar a crescer, a aumentar a sensibilidade também em relação à outra migração, que vem do Sul”.
D. Pietro Parolin pediu alternativas de colaboração e partilha das responsabilidades entre todos os países europeus.
“A prioridade – como repetiu muitas vezes o Papa – é salvar vidas, salvar vidas no mar, e isso pode ser feito aumentando os percursos disponíveis para a migração regular”, acrescentou.
O secretário de Estado do Vaticano assumiu ainda a necessidade de “trabalhar para que ninguém seja obrigado a deixar a sua terra natal devido a situações de conflito, situações de insegurança ou subdesenvolvimento”.
O cardeal italiano assinalou que a visita de Francisco está ligada à figura de São Paulo, “o evangelizador por excelência”, que naufragou no Mediterrâneo e foi acolhido na ilha de Malta.