O Vaticano assinalou a morte do maestro e compositor italiano Ennio Morricone, falecido na última noite aos 91 anos de idade, destacando a sua capacidade de “expressar o inefável e o invisível”
“Todos nós devemos ser gratos a Ennio Morricone, crentes e não crentes, mas sobretudo os crentes da sua confissão, por ter sido capaz de expressar o inefável e o invisível ao mesmo tempo que são a alma da religião”, referiu o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, em entrevista ao portal ‘Vatican News’.
Galardoado com dois Óscares – um honorário, em 2007 e, em 2016, pela banda sonora do filme “Os oito odiados”, de Quentin Tarantino – Morricone faleceu “com o conforto da fé”, refere uma nota enviada à imprensa.
O compositor recebeu em 2019 a medalha de ouro do pontificado, por decisão do Papa Francisco, reconhecendo o seu “extraordinário compromisso artístico, que também possuía aspetos de natureza religiosa”.
O cardeal Ravasi evoca um homem de fé, que tinha uma “dimensão espiritual e religiosa” na sua música, visível, por exemplo, na banda sonora do filme “A Missão” (1986).
“A música é, de certa forma a linguagem, da transcendência, a linguagem que conta o mistério. Mesmo quando fala secularmente, a sua beleza é algo que nos conduz passo a passo em direção ao eterno. É o infinito”, acrescentou.
(Com Ecclesia)