O Papa apelou hoje no Vaticano ao fim da violência da Bielorrússia, palco de uma onda de protestos contra a reeleição do presidente Alexander Lukashenko.
“O meu pensamento vai também para a cara Bielorrússia. Sigo com atenção a situação pós-eleitoral neste país e apelo ao diálogo, à recusa da violência e ao respeito pela justiça e o Direito”, assinalou, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação da oração do ângelus.
O atual presidente, no poder há 26 anos, é acusado pela diplomacia da União Europeia de fraude eleitoral e de repressão violenta das manifestações.
“Confio todos os bielorrussos à proteção de Nossa Senhora, Rainha da Paz”, acrescentou Francisco.
Perante centenas de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa recordou ainda o Líbano, atingido a 4 de agosto por violentas explosões no porto de Beirute, e “as outras situações dramáticas no mundo, que causam sofrimento às pessoas”,
Francisco evocou os dias de férias que muitas pessoas estão a gozar, nesta altura, desejando que “possam ser um tempo para retemperar o corpo, mas também o espírito, através de momentos dedicados à oração, ao silêncio e ao contacto com a beleza da natureza, dom de Deus”.
“Que isto não nos faça esquecer os problemas que existem, por causa da Covid, em tantas famílias que não têm trabalho, que perderam o emprego, que não têm o que comer. Que as nossas pausas de verão sejam acompanhadas pela caridade e proximidade com estas famílias”, acrescentou.
Na sua reflexão dominical, o Papa falou da “fé grande” de quem apresenta a Jesus a sua própria história, “também marcada por feridas, pedindo-lhe que a cure, que lhe dê um sentido”.
“O que faço com a minha história? Escondo-a? Não, temos de levá-la para diante do Senhor”, referiu aos presentes, convidando todos a ter a coragem de “tocar a ternura de Deus, a ternura de Jesus”.
O Papa propôs um exame de consciência, sobre as “coisas feias” na história, apelando a uma oração: “Senhor, se quiseres, podes curar-me”.
Francisco renovo o seu conselho aos católicos para que tenham sempre consigo uma edição de bolso do Novo Testamento ou até no telemóvel, para criar “familiaridade” com Jesus, lendo todos os dias uma passagem do Evangelho.
(Com Ecclesia)