União das Misericórdias quer ser parceira no combate ao desperdício

Instituição destaca importância de «desburocratizar e facilitar a entrega dos excedentes de produção às instituições solidárias»

A União Portuguesa das Misericórdias (UMP), em conjunto com representantes de outras instituições sociais como o Banco Alimentar contra a Fome, o governo, as autarquias e os produtores agrícolas, assinou hoje em Lisboa um compromisso para reforçar o combate ao desperdício alimentar.

A iniciativa, que acontece no Dia Mundial da Alimentação, decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, durante o Fórum “Inovação Agroalimentar: Oportunidades e Desafios no Combate ao Desperdício”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Susana Branco, que esteve presente na assinatura do compromisso em representação da UMP, destaca a importância que a iniciativa pode ter para “desburocratizar e facilitar a entrega dos excedentes de produção às instituições solidárias”, para serem “entregues às pessoas que mais necessitam”.

Segundo esta responsável, as Misericórdias servem atualmente “300 mil refeições por dia”, mas muitas mais pessoas poderiam ser atendidas se não se perdessem tantos alimentos na cadeia atual entre os produtores e os consumidores.

Os últimos dados divulgados pelo Centro de Estudos da Universidade Nova de Lisboa, na área da Sustentabilidade, revelam que atualmente Portugal está a desperdiçar cerca de um milhão de toneladas de alimentos por ano, ou seja 17 por cento de todos os bens produzidos.

Para Susana Branco, mudar este paradigma depende também da sensibilização de todas as pessoas para a importância de evitarem o desperdício e de adotarem “boas práticas” de consumo.

Nesse sentido, a UMP levou ao Fórum seis exemplos de projetos que tem atualmente em marcha, um pouco por todo o país, que “tornam a terra arável e contribuem para a produção e distribuição dos alimentos”, ao mesmo tempo que ““criam emprego e dão formação às pessoas”

Projetos como “os das hortas pedagógicas, onde se ensinam as crianças e se dão talhões às famílias que são acompanhadas ao nível das medidas de apoio social”, exemplifica Susana Branco.

O protocolo assinado envolveu o Ministério da Agricultura.

 

Ecclesia/Lusa

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