A proposta foi lançada pelo Sítio Igreja Açores ao cónego Adriano Borges e está disponível todos os dias de manhã no Facebook Igreja Açores durante a Quaresma
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A partir de um excerto bíblico ou de uma frase inspiradora, sempre acompanhados de uma foto, a partir de quarta-feira de cinzas e até ao final da Quaresma, o Facebook Igreja Açores- https://www.facebook.com/igrejaacores- oferecerá uma seleção de imagens e textos feita pelo cónego Adriano Borges, pároco da Matriz de São Sebastião em Ponta Delgada.
“Foi um desafio interessante e desafiador, passe a redundância porque me obrigou a estar sempre à frente na preparação dos textos e das reflexões para esta Quaresma” afirmou ao Sítio Igreja Açores o sacerdote.
“Isso obriga a alguma reflexão e escolha das imagens apropriadas e tem sido muito interessante e uma forma de aprofundar a minha própria espiritualidade” disse o cónego Adriano Borges que salienta que esta Quaresma deve ser vivida tendo sempre como horizonte a esperança.
“Este ano é marcado pelo Jubileu da Esperança; este é o tema guia de todos os tempos e épocas litúrgicas deste ano. Sendo a quaresma um tempo de nos situarmos um pouco na nossa vida como cristãos, com um forte apelo à nossa conversão, a esperança tem de estar sempre presente” afirmou ainda o sacerdote.
“Na vida de um cristão não há becos sem saída, pois a morte de Cristo não é um beco sem saída; a ressurreição abre-nos sempre portas de esperança. E, por conseguinte, a Quaresma é um caminho de esperança e é isso que temos de viver” disse o cónego Adriano Borges.
E, esta esperança tem de ser vivida em conjunto, caminhando todos enquanto comunidade, acrescenta ainda.
“Nunca estamos sós; caminhamos sempre juntos e esse caminhar é feito com Cristo, que nos alimenta a esperança e a confiança”.
Estes posts no Facebook estarão disponíveis logo pela manhã e durarão até ao final da Quaresma.
A quaresma é o tempo litúrgico que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É por isso um tempo especialmente convidativo à conversão, mudando comportamentos em ordem a nos aproximarmos mais de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esfoço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
A escuta da Palavra de Deus, a oração, a caridade e a penitência são alguns dos sinais deste tempo.
A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia, que fala dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egipto.
A prática da Quaresma data do século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência.
A Quarta-feira de Cinzas é, juntamente com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios.
Nos primeiros séculos, apenas cumpriam o rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que queriam receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa.
A partir do século XI, o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma.