O Papa Francisco pediu que o som das armas que persistem, “em tantas guerras”, não impeça a “tentativa de diálogo”.
“Rezemos pela paz na Ucrânia e em todas as regiões encerradas pela guerra. São muitas, infelizmente. Que o som das armas não impeça a tentativa de diálogo. Não nos deixemos desencorajar, continuemos a rezar a Deus, que guia a história”, afirmou o Papa depois da oração do Angelus, esta manhã, na praça de São Pedro.
Na Solenidade da Assunção da Virgem Maria, celebrada hoje pela Igreja católica, Francisco convidou a refletir sobre “o segredo” da vida, “o serviço ao próximo e o louvor a Deus”, tal como foram com “Jesus e Maria”.
“Maria é a mulher do serviço ao próximo, Maria é a mulher que louva a Deus”, indicou.
Francisco explicou que a capacidade de serviço eleva a pessoa e a sua vida, mas reconheceu não ser fácil servir: “Ajudar custa! A todos nós. Nós também experimentamos isso, na fadiga, na paciência e nas preocupações que o cuidado com os outros acarreta”.
“Pensemos, por exemplo, nos quilómetros que muitas pessoas percorrem todos os dias para ir e voltar do trabalho e realizar tarefas em prol do próximo; pensemos nos sacrifícios de tempo e sono para cuidar de um recém-nascido ou de uma pessoa idosa; e no compromisso de servir àqueles que não têm como retribuir, na Igreja como no voluntariado. Eu admiro o voluntariado. É fadigoso, mas é subir em direção do alto, é ganhar o céu!”, sublinhou.
O Papa convidou ainda ao “louvor”, reconhecendo que “serviço sem louvor” corre o “risco de ser estéril”.
“O louvor aumenta a alegria. O louvor é como uma escada: eleva os corações. O louvor eleva o espírito e supera a tentação de se abater. As pessoas chatas que vivem de fofocas são incapazes de louvar. Como é bom louvar a Deus todos os dias, e também os outros! Como é bom viver de gratidão e de bênção em vez de lamentações e queixas, levantar o olhar em direção do alto ao invés de ficar de mau humor! Há pessoas que se lamentam todos os dias. Mas veja tudo o que Deus te deu. Louve, louve”, convidou.
O Papa quis convidar os peregrinos, que se reuniram para rezar o Angelus, a questionarem-se, individualmente, como vivem a dimensão do serviço na sua vida, e que lugar reservam para “exultar Deus”.
“Perguntemo-nos: vivo meu trabalho e minhas ocupações diárias com um espírito de serviço? Dedico-me a alguém gratuitamente, sem buscar benefícios imediatos? Em suma, faço do serviço o “trampolim” da minha vida? E pensando no louvor: sei, como Maria, exultar em Deus? Eu rezo abençoando o Senhor? E, depois de louvá-lo, espalho sua alegria entre as pessoas que encontro? Que cada um procure responder a estas perguntas. Que nossa Mãe, Assunta ao Céu, nos ajude a subir cada dia mais alto por meio do serviço e do louvor”, finalizou.