“Justiça e Ecologia são faces da mesma moeda”, frisa o movimento católico numa mensagem para a cimeira de Paris
O Movimento dos Trabalhadores Cristãos da Europa (MTCE) espera que a 21.ª Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas, que vai ter início a 30 de novembro em Paris, traga “um acordo sobre o clima verdadeiramente equitativo, vinculante e transformador”.
Num comunicado enviado hoje para a Agência ECCLESIA, o organismo católico chama a atenções dos dirigentes políticos para as “mudanças dramáticas” que a conduta de muitos países tem provocado no equilíbrio dos ecossistemas e que afligem sobretudo “a população dos países do Sul”.
“A destruição do meio-ambiente e a dependência gerada pelas condições inumanas”, realça o MTCE, reforçando o que o Papa Francisco defende na encíclica que dedicou ao tema da Ecologia, ‘Laudato Si’.
“Pobreza e assuntos meio-ambientais são indissociáveis. O problema da justiça e o da ecologia são duas caras da mesma moeda”, referem.
Os trabalhadores cristãos da Europa questionam o sentido de um crescimento económico conseguido à custa da depauperação dos recursos naturais da Terra e da contaminação do clima, dado que isso representa “arrebatar um futuro viável” não só para os povos mais pobres, que são as “principais vítimas” desta estratégia, mas de toda a humanidade.
“Para erradicar a pobreza temos que crescer no que beneficia os pobres”, sustenta o MTCE, que apela a uma “cooperação mundial” e a criação de “instituições e estruturas internacionais eficazes”, que permitam dar a volta à realidade atual.
“Sem consenso, entre solidariedade e justiça, a comunidade internacional não conseguirá erradicar a pobreza no mundo. Por esta razão, é fundamental firmar acordos internacionais, como um acordo mundial sobre o clima”, conclui.
A 21.ª Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas vai decorrer entre dia 30 de novembro e 11 de dezembro em Paris.
CR/Ecclesia