O Terço do Romeiro, utilizado originalmente nas Romarias Quaresmais de São Miguel, acaba de ser integrado na listagem das produções artesanais passíveis de serem certificadas pela marca coletiva “Artesanato dos Açores”, promovida e dinamizada pelo Centro de Artesanato e Design dos Açores (CADA).
O anúncio foi feito esta sexta-feira no espaço do Artesanato dos Açores em Ponta Delgada, Azores in a Box, pela Secretária Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, Maria João Carreiro.
“O Terço do Romeiro é uma peça de confeção artesanal identitária e com inestimável valor histórico, cultural e religioso. Nesse sentido, e considerando que a sua confeção implica um elevado rigor técnico, decidiu-se pela sua inclusão como produto certificável, precisamente para que as empresas artesanais possam requerer a certificação e, deste modo, utilizar o selo da marca coletiva de certificação ‘Artesanato dos Açores’”, explicou.
Na sessão foi também apresentado o novo kit temático da “Azores in a Box” – o Kit do Romeiro, “através do qual se pretende promover, em simultâneo, o Terço como produto certificado e uma tradição de elevado valor identitário que remonta ao século XVI”.
O Centro de Artesanato e Design dos Açores conta, atualmente, com um total de 131 Unidades Produtivas Artesanais (UPA) certificadas com a marca “Artesanato dos Açores”, espalhadas por todas as ilhas dos Açores, 17 das quais foram atribuídas esta quinta-feira, dia 30, pela Comissão Técnica de Acompanhamento.
O processo de certificação da marca coletiva “Artesanato dos Açores”, criada em 1998 pela Portaria nº 89/98, de 3 de dezembro, e regulamentada pela Portaria n.º 111/2021 de 14 de outubro de 2021, assenta na confiança de quem adquire produtos artesanais de origem certificada. A estes produtos, por representarem uma valorização cultural e de qualidade, é-lhes exigido um rigor técnico mais elevado, inerente à submissão do produto à Comissão Técnica de Acompanhamento que irá avaliar e acompanhar todo o processo.