D. Armando Esteves Domingues convida comunidade açoriana de Turlock a fazer da Igreja de Nossa Senhora da Assunção um lugar sem portas
O bispo de Angra exortou a comunidade portuguesa de Turlock, que este fim de semana promoveu a festa de Nossa Senhora da Assunção, a fazer da sua igreja um “lugar de portas abertas” onde haja “ pressa de vida para todos”.
“A Igreja é isto, não tem portas. A verdadeira comunidade cristã é isto: adquire a veste da mãe, tem lugar para todos e tem amor em abundância para dar e distribuir a todos. Oxalá, tenhais vós esta característica” disse D. Armando Esteves Domingues na homilia da missa solene da festa de Nossa Senhora da Assunção, em Turlock.
“Temos pressa de vida para todos, começando pela possibilidade de distribuir o amor materno da Igreja junto dos mais frágeis” acrescentou, ainda, exortando a comunidade a nunca se deixar corromper pelo pecado, “que o canto da caridade ressoe nas nossas ações e que toda a beleza do Evangelho esteja presente na vida dos cristãos”.
“Ajuda a escutar o grito dos pobres para que não nos deixe indiferentes e que não nos deixe insensível à solidão dos iodos e á fragilidade das crianças”, disse ainda desafiando a que cada um possa inspirar-se na palavra de Deus, no dom da Eucaristia e na solicitude materna evidenciados por Maria.
“Maria lá do alto, desse Céu de que és sinal grandioso, olha pelos teus filhos, porque o teu olhar belo e sereno, faz-nos falta numa sociedade agitada e num mundo perigoso como o que vivemos nestes dias” afirmou D. Armando Esteves Domingues na homilia da missa presidida pelo bispo diocesano local, D. Myron Cotta, também ele descendente de açorianos da ilha Terceira.
“Agradeço estar aqui; é como se me sentisse numa qualquer ilha dos Açores. O povo açoriano é um povo geneticamente missionário, convicto de que a sua fé se pode transformar em cultura e pode transformar-se em concretizações visíveis” disse ainda D. Armando Esteves Domingues.
“Creio que a mãe do Céu está contente com esta comunidade que enverga as suas vestes: uma comunidade aberta”.
O prelado açoriano, que presidiu pela primeira vez a uma festa junto das comunidades da diáspora, desde que assumiu a liderança da diocese insular em janeiro passado, terminou a homilia com uma oração.
A Igreja de Nossa senhora da Assunção de Turlock foi dedicada há 25 anos e a festa cumpre este ano o seu 50º aniversário.
Oração à Mãe do Céu:
Virgem Santa e Imaculada,
Vós que sois a honra do nosso povo e a guardiã carinhosa desta paróquia de Turlock
Recorro, recorremos todos com confiança e amor.
Vós sois a toda bela, ó Maria!
O pecado não está em vós
Despertai em todos nós um renovado desejo de santidade
Que o pecado nunca ganhe casa no nosso coração
Que o esplendor da verdade brilhe nas nossas palavras
Que o canto da caridade ressoe nas nossas acções
Que a pureza e a castidade habitem os nossos corpos e os nossos corações
Que toda a beleza do Evangelho esteja presente na nossa vida
Tu és a bela, ó Maria!
A palavra de Deus que em ti se fez carne
Ajuda-nos a escutar atentamente a voz do teu e nosso Senhor
Que o grito dos pobres nunca nos deixe indiferentes
Que nunca nos afastemos do sofrimento dos doentes e dos necessitados
Que não nos deixem insensíveis a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças
Que amemos e veneremos sempre cada vida humana
Tu és a toda bela, ó Maria!
Em ti está a alegria da vida plena com Deus
Que nunca percamos o sentido do nosso caminho terreno
Que a luz suave da fé
Ilumine os nossos dias
Que a força consoladora da esperança
Guie os nossos passos
Que o calor contagioso do amor
Anime os nossos corações
Que os olhos de todos nós
Permaneçam fixos lá, em Deus, onde está a verdadeira alegria
Ouvi a nossa oração
Ouvia a nossa suplica
Que a beleza do amor misericordioso de Deus em jesus esteja em nós
Que esta beleza divina nos salve
E a nossa querida paróquia,
A nossa cidade, o nosso mundo
Sejam cada vez mais de Maria
Cada vez mais de Jesus
Amen.