“Subimos montes e descemos a vales, mas não poderia ter sido melhor esta romaria, a primeira a sério que fazemos em São Jorge”- Irmão Paulo Brasil

Foto: Igreja Açores/DS

Terminou ontem a primeira romaria quaresmal completa à ilha de São Jorge feita por 19 romeiros, que deram a volta à ilha durante seis dias, pernoitando em casas de família e em salões

A primeira romaria “a sério” do rancho de Romeiros do Topo, na ilha de São Jorge, terminou este domingo na igreja matriz de Nossa senhora do Rosário, no Topo, onde começou e esta primeira experiência “não poderia ter corrido melhor”.

“Subimos montes e descemos vales, sempre com imagens muito bonitas e por isso não poderia ter corrido melhor esta primeira romaria quaresmal” afirmou Paulo Brasil, um dos romeiros de São Jorge, que há três anos participa neste desafio.

“No primeiro ano fizemos o percurso como forma de reconhecimento, mas porque estávamos em plena pandemia não o completámos devidamente; no ano passado a Romaria foi atingida pela crise sísmica que se verificou nas Velas e tivemos de interromper; por isso, este ano é o primeiro ano em que a completamos e correu muito bem quer do ponto de vista logístico quer do ponto de vista espiritual”, acrescentou o romeiro jorgense que já leva os filhos consigo e transporta na bagagem duas romarias na ilha Terceira.

“O acolhimento nas famílias correu muito bem e, do ponto de vista espiritual não podia ter sido melhor” esclarece ainda.

De 14 a 19 de março, 19 homens, 17 de São Jorge e 2 de São Miguel percorreram todas as igrejas e ermidas da ilha, numa romaria quaresmal com o tema dos dons do Espírito Santo.

“Fizemos 12 meditações, duas por dia, que tiveram por base os dons do Espirito Santo e as virtudes teologais” precisou ao Igreja Açores o padre Dinis Silveira, assistente e impulsionador do grupo, com idades compreendidas entre os 11 e os 66 anos.

“Este rancho é recente por isso agora é que vamos começar a estender a nossa acção” diz ainda Paulo Brasil, salientando que as atividades do grupo “hão de aumentar progressivamente” depois desta romaria.

“A própria sociedade já reage de outra maneira e verificámos que a aceitação comunitária já é diferente” refere, desejoso de que as Velas também possam ter agora um grupo de romeiros.

“Não sendo uma tradição jorgense julgo que as pessoas estão a aderir” diz ainda, sublinhando que a Romaria “deu para tudo porque estava bem organizada”.

“Rezamos, chorámos, rimos e brincámos tudo num clima de grande fraternidade e isso é que importa” referiu o romeiro.

Também as senhoras organizaram uma romaria de dois dias no primeiro fim de semana da Quaresma.

 

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