Professor Catedrático da Universidade de Lisboa encerrou Jornadas de Comunicação em Angra
Perante o fracasso deste modelo de mundialização e globalização “não resta outra alternativa” senão encontrar uma via humanitária assente nos valores da cooperação, justiça e humanismo, disse esta tarde Viriato Soromenho-Marques , o último conferencista das II Jornadas Diocesanas de Comunicação Social organizadas pela diocese de Angra, na ilha Terceira.
O professor de filosofia da Universidade de Lisboa lembra que a solução já não está em “remendar” este modelo de desenvolvimento, promovido “por uma miragem do infinito” mas de se encontrar uma noção exata dos nosso limites.
“Quando vemos que não é possível vivermos em países que não têm estados, não têm políticas publicas e as pessoas migram porque não têm capacidade de viver uma vida humana digna temos de ser capazes de arrepiar caminho”, disse Viriato Soromenho-Marques.
“Nós precisamos de uma utopia mas nos termos correctos, isto é, baseada no ser humano como ele é e não nos cyborgues que foram inventados”.
“Precisamos de uma nova tecnologia mas precisamos de um comando humano”, precisou ainda o catedrático convidado pela diocese de Angra no âmbito das II Jornadas diocesanas de Comunicação Social sob o tema “Comunicação: um ponte para a inclusão”.
“Nós somos a última fronteira das utopias e temos de ter consciência critica quando falamos de tecnociência”.
Viriato Soromenho-Marques analisou ainda o processo eleitoral nos Estados Unidos, um exemplo “do ponto a que o mundo chegou”, para dizer que uma vitória de Donald Trump “será uma tragédia para o mundo” e, depois, entraremos num “período de erosão e de tragédia”.