Inspirado nos desafios propostos pela encíclica “Todos Irmãos”, o Serviço Diocesano defende uma pastoral social de proximidade, que tenha no acolhimento a sua expressão máxima
O Serviço Diocesano para a Pastoral Social elaborou um documento/guião com vista a organizar e incentivar “a criação ou ativação de uma Pastoral de proximidade que reflete o sentido de serviço, enquanto cuidado dos mais frágeis, um dos alicerces de toda e qualquer comunidade paroquial” informa uma nota enviada pela direção do Serviço ao Igreja Açores.
O documento foi aprovado na última reunião realizada no dia 15 de fevereiro, via “zoom”, na qual participaram os vários responsáveis diocesanos e que contou com a presença do bispo, D. João Lavrador.
O documento, que vai ser enviado a todos os ouvidores e párocos da diocese, visa dar orientações gerais sobre a forma como deve ser organizada localmente esta pastoral.
“A Pastoral Social é ou deveria ser o rosto humano de cada comunidade paroquial” e constitui “A resposta social da Igreja, como comunidade dos crentes”, inspirada na Doutrina Social da Igreja, e na Caridade cristã, refere a nota enviada ao Igreja Açores-
“O Guia é uma preciosa ajuda à formação de grupos de cristãos empenhados em ver , julgar e agir ” de forma a proporcionar linhas para “o acolhimento de pessoas e famílias em situação de dificuldade e, sobretudo perceber as desigualdades e injustiças que estão por detrás das necessidades identificadas” referem ainda os seus promotores.
Para além da criação de núcleos de Pastoral Social, o documento propõe uma caracterização do universo de pessoas vulneráveis; a validação “do registo de pedido de ajuda com outras entidades”; o acompanhamento de “situações sinalizadas”; a “avaliação permanente da acção da pastoral social e o envolvimento da comunidade paroquial.
“Os seis passos a dar na criação deste serviço paroquial visam desempenhar um papel evangelizador, ecuménico e integrador das diferentes expressões religiosas que possam existir na comunidade local e contribuir para um processo de inclusão social das periferias”, esclarece ainda o Serviço Diocesano da Pastoral Social.
O espírito mobilizador deste guião foi a encíclica “Todos irmãos”, do Papa Francisco, publicada em Outubro de 2020, documento que “devia ser lido e refletido pelas comunidades diocesanas” reflete ainda a nota enviada ao Igreja Açores.
“Somos todos irmãos e seremos testemunhas desta fraternidade, se as nossas comunidades paroquiais forem ativas e eficazes na resposta aos que mais precisam de gestos de Amor”, conclui a nota.