O objetivo é acompanhar de perto as questões sociais. O observatório será desenvolvido em parceria com a Universidade Católica.
No dia Internacional para a erradicação da pobreza, a equipa responsável pelo Serviço Diocesano para a Pastoral Social e Mobilidade Humana reuniu esta tarde em Ponta Delgada para delinear estratégias e ações concretas para desenvolver ao longo deste novo ano pastoral.
“A situação social é terrível neste momento. As famílias enfrentam problemas gravíssimos e nós temos de procurar dar respostas articuladas”, disse ao Portal da Diocese o responsável diocesano pela Pastoral Social.
Cipriano Pacheco avança que o primeiro passo será uma reunião com a Cáritas e com a equipa da Pastoral da Família “por forma a desenvolver um trabalho conjunto”.
Mas a grande novidade é “estender à região o Observatório Social que está a ser desenvolvido a nível nacional, numa parceria com a Universidade Católica para podermos fazer um diagnóstico mais preciso dos problemas que existem”, diz o assistente espiritual do Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral Social e Mobilidade Humana.
Em cima da mesa está, também, a “procura de uma maior articulação” com os movimentos que estão no terreno a lutar contra a pobreza e a exclusão social, nomeadamente uma “difusão mais efetiva” da ajuda que alguns movimentos já fazem junto das famílias, como é o caso da Cáritas Diocesana que criou um fundo social de ajuda aos mais necessitados.
“Sabemos que este fundo está a ser utilizado mas precisamos de uma maior sensibilização e divulgação para que as pessoas saibam que têm mais esta ajuda” e isso passará por “uma maior articulação entre a Cáritas Diocesana e a Cáritas ao nível das ilhas”, conclui Cipriano Pacheco.
Até ao final do ano, este Serviço Diocesano vai levar a efeito mais umas jornadas de reflexão sobre a crise e as respostas sociais que ela exige à luz da Doutrina Social da Igreja, intituladas “Jornadas de Outono” e proceder à publicação das atas das “Jornadas da Primavera”, nas quais vários especialistas já deram o seu contributo no âmbito da economia solidária e das respostas concretas a estes novos desafios sociais.
Em preparação está, também, a realização do “Curso mais próximo”, uma iniciativa da Cáritas para formar voluntários da área social.
A equipa da Pastoral social é composta por cinco pessoas- Pe Cipriano Pacheco, Diogo Cymbron, Artur Martins, Vitória Furtado e Nuno Ferreira- mas “pode vir a ser reforçada dada a gravidade dos problemas sociais”, adiantou Cipriano Pacheco.