Mensagem de Natal diz que a alegria não vem do consumo mas da partilha e da proximidade
O Serviço Diocesano da Pastoral Social pede às comunidades cristãs da diocese de Angra gestos de ajuda concretos que ajudem a combater a solidão e a tristeza de quem está só.
Na sua reflexão sobre este Natal de 2024 os responsáveis da pastoral social constataram “que o aumento da pobreza traduz-se ainda, em muitas famílias, na ausência de alimentos, na indisponibilidade financeira para satisfazer despesas básicas, e na falta de bens de primeira necessidade, como a habitação” mas fala de um “agravamento” do “individualismo, da solidão, do isolamento, da falta de afetos mesmo nos relacionamentos familiares e de vizinhança, dificultando o viver com alegria”.
Por isso, na sua mensagem de Natal, enviada ao Sítio Igreja Açores, o Serviço retoma o apelo do Papa “a estar perto de quem sofre, dos doentes, idosos e sós, com gestos de ajuda”.
Na reflexão feita por este Serviço Diocesano há uma critica ao consumismo desta sociedade que cria uma felicidade ilusória, assente nos bens materiais.
“Os apelos da sociedade de consumo são de tal monta que vivemos iludidos pela `ânsia do consumismo´ como se daí viesse a felicidade. Puro engano” referem os responsáveis citando o Papa que ainda este fim de semana salientava que uma sociedade que vive do consumismo “envelhece insatisfeita, porque não sabe dar: quem vive para si mesmo nunca será feliz. Este é um mal que todos podemos ter”.
E, prossegue: “a celebração do Nascimento de Jesus constitui um apelo a que reflitamos sobre as propostas Evangélicas do Messias e a resposta dos cristãos e da humanidade em geral aos apelos de Fraternidade, de Justiça e de Paz entre todos os homens”.
”Todos os dias é preciso renovar a alegria do encontro com Ele, em todos os momentos é preciso escutar a Sua voz e tomar a decisão de O seguir. Que o Evangelho de Jesus Cristo vos ajude a ter o coração aberto ao mundo”, conclui a mensagem.