Tipologia de exames para este último semestre ainda está a ser estudada
Os vinte e três alunos do Seminário Episcopal de Angra já recomeçaram os trabalhos e estão a ter aulas à distância através dos meios e das plataformas informáticas que permitem alguma interactividade a partir das suas casas de família, nas suas ilhas, disse ao Igreja Açores o reitor, padre Hélder Miranda Alexandre.
“Embora limitados porque os alunos estão com as suas famílias nas diversas ilhas, procuramos orientar o estudo. Em geral, os professores orientam temas de estudo pessoal e a elaboração de trabalhos para avaliação”, assegurou o responsável.
Nas aulas “em direto” é possível esclarecer questões e fazer exposição de matéria. De acordo com o reitor do Seminário, cada turma organiza-se com o seu professor de modo a encontrar as soluções e os recursos mais adequados. É possível inclusivamente realizar provas de avaliação.
“Até tem sido possível realizar aulas em direto de educação física, dentro de limites” brinca o reitor lembrando que dentro deste clima de grande excepcionalidade o ano prossegue com tranquilidade.
Diferente é o acompanhamento espiritual, que é um aspecto “mais profundo” e de exigente resolução à distância, pois “ a direção espiritual é mais difícil, porque se deve ter muito cuidado com aquilo que possa colocar em causa o segredo do foro interno.”
No entanto, “nas suas comunidades muitos têm acompanhado os párocos nos atos litúrgicos que são possíveis, respeitando as normas de saúde” refere o padre Hélder Miranda Alexandre que alerta para a necessidade de cada um “recorrer aos meios que possui, desde os mais oficiais, como a Liturgia das Horas, aos mais íntimos de oração pessoal e familiar.”
“A experiência que tenho com eles no dia a dia dá-me alguma tranquilidade positiva em relação à seriedade e reta intenção do seu caminho espiritual.” adianta o reitor.
Em causa está ainda a decisão sobre a realização de exames.
“Ainda temos esperança de nos reencontrarmos até ao final do ano académico, mas subsistem várias incógnitas, como os exames e mesmo as ordenações programadas para o final do ano”, reconhece.
“ Tudo dependerá da evolução da situação e das decisões das autoridades. Penso que em breve teremos mais algumas decisões. Convém que não nos precipitemos”, conclui o sacerdote. No seminário permanecem apenas os professores que ali residem e um seminarista que por motivos de trabalho pastoral já não conseguiu regressar a casa.
Os 23 alunos do Seminário são originários de várias ilhas, sendo a maioria de São Miguel, embora existam alunos das Flores, do Pico, do Faial, da Terceira e de São Jorge.
Este será um ano letivo marcante para a instituição que tem seis alunos no sexto ano do Seminário, todos de São Miguel, e que deverão ser ordenados no final do ano letivo, em junho.