Guião apresenta propostas de reflexão para cada dia e propõe encontros geracionais
A celebração da Semana da Vida, que se realiza entre 14 e 21 de maio, tem como tema «Com Maria cuidar da Alegria da Vida», e tem na diocese de Angra como ponto alto um evento na ouvidoria da Povoação este domingo à tarde.
A Semana da Vida que hoje tem início quer colocar no centro da reflexão as várias “ameaças à família” em especial das pessoas “indefesas” e “marginalizadas”.
“As pessoas são marginalizadas e a sociedade é mais defensora da morte do que da vida”, disse à agência Ecclesia Manuel Marques, responsável pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar.
O responsável foca o distanciamento entre gerações, que vota os mais velhos ao isolamento e à “exploração”.
“Uma pessoa investe na sua vida profissional, faz o melhor possível e o melhor que sabe ao longo da sua vida, ao serviço dos outros. E chega a um ponto que as pessoas são rejeitadas e exploradas no final da vida”.
Manuel Marques critica ainda as ameaças à vida como a eutanásia e o aborto, situação que acontece com o “beneplácito da sociedade civil”.
“A sociedade devia ser tocada pelo apelo de se cuidar da vida em toda e qualquer circunstância”, frisa o responsável.
A Semana da Vida chega às pessoas através de um guião com propostas de reflexão, extraídas da carta apostólica do Papa «A Alegria do amor», que incidem sobre o ser família, para os diferentes dias.
O guião sugere algumas pistas às comunidades na abordagem de temas, mas trata-se de uma orientação “mínima”, deixando às comunidades a “liberdade para as pessoas” para optarem pelas reflexões mais adequadas.
Na diocese insular, amanhã, dia 15 celebra-se o Dia Internacional da Família .
Desde 1994 a Conferência Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal competente para a área da Família, organiza a Semana da Vida.
Esta iniciativa vem na sequência do apelo lançado em 1991 pelo Papa João Paulo II, na Encíclica O Evangelho da Vida sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana, ao propor uma celebração que tenha por objectivo «suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, concentrando a atenção de modo especial na gravidade do aborto e da eutanásia, sem contudo menosprezar os outros momentos e aspectos da vida…» (EV 85).