Situação estende-se ainda aos serviços diocesanos e ao Santuário do Senhor Santo Cristo
Vinte e dois sacerdotes devem estender o serviço nas paróquias apesar da provisão que os nomeou cessar a partir do dia 22 de julho. A comunicação é feita aos próprios, através de uma comunicação do Administrador Diocesano, com as orientações para o próximo pastoral até à nomeação e tomada de posse de um novo bispo.
“Uma vez que a diocese de Angra está em sede vacante, ficam notificados os titulares dos cargos para os quais foram nomeados pelo então Bispo de Angra, de que se devem manter em funções, até que o próximo bispo diocesano confirme ou altere esta decisão”, afirma o cónego Hélder Fonseca Mendes alertando no entanto para o facto deste “prolongamento não significar, por si mesmo, um mandato de mais seis anos”.
A Diocese de Angra encontra-se em sede vacante desde o dia 21 de setembro de 2021, altura em que o 39º bispo de Angra, D. João lavrador, foi nomeado bispo de Viana do castelo. Na altura ficou ainda como administrador diocesano até ao dia 27 de novembro tendo depois, a 30 de novembro, o Colégio de Consultores, escolhido o cónego Hélder Fonseca Mendes para Administrador Diocesano até á nomeação de num novo bispo titular para a diocese açoriana.
Estão na situação de prolongamento das provisões os padres Nemésio Medeiros, na Matriz de São Sebastião e Duarte Melo em São José, ambas as paróquias na ouvidoria de Ponta Delgada; o padre Leonardo Baganha nas paróquias de Algarvia, São Pedro e Fazenda, na ouvidoria do Nordeste e os padres Manuel Galvão, da paróquia de Nossa Senhora da Estrela, Roberto Cabral nas paróquias da Ribeira Seca e Conceição, Vítor Medeiros na Ribeirinha e Santa Bárbara e ainda Duarte Moniz, nas Calhetas e Pico da Pedra, os quatro da ouvidoria da Ribeira Grande.
Ainda estão nesta situação, de terem de prolongar a missão nas paróquias que serviram até agora apesar de terem esgotado o tempo da sua provisão, os padres Gil Silva no Livramento e David Vieira, no Cabouco, ambos da ouvidoria de Lagoa; o padre Artur Cunha, na paróquia de Nossa Senhora dos Milagres, no Corvo; o padre Domingos Graça em São Sebastião na ouvidoria de Angra; e os padres Emanuel Valadão Vaz e luís Silva, nas paróquias de Vila Nova e Lages, na ouvidoria da Praia da Vitória.
Na ouvidoria das Flores devem manter-se em função os padres Pedro Aguiar e Nuno Fidalgo e na de São Jorge o padre Dinis Silveira, nas paróquias de Santo Antão e Topo.
A regra aplica-se também às capelanias, como é o caso do Capelão do Estabelecimento Prisional de Angra, padre Marcos Miranda e do Reitor e vice-reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo, em Ponta Delgada, os cónegos Adriano Borges e José Medeiros Constância, respetivamente. O mesmo se aplica a serviços diocesanos e órgãos da cúria diocesana, bem como o Conselho de Assuntos Económicos.
“Naturalmente que durante este longo período de sede vacante, sem que se veja o seu termo à vista, surgem situações não previsíveis nem desejadas, não motivadas por uma decisão administrativa superior, mas por imposição da realidade ou motivo de força maior” avança ainda o cónego Hélder Fonseca Mendes. Em tal caso “como o de uma situação já sinalizada ou de outras que venham a ocorrer, o povo de Deus que reside nos Açores não ficará abandonado sem um pastor, até que possa ser dada, nos termos do Direito, uma solução de carácter mais estável” avança ainda o sacerdote.
A regra aplica-se ainda a diretores de serviços diocesanos e a movimentos de apostolado.
“O que se pede a um bom pastor, com a dedicação e a paciência necessárias para com Deus e com o seu povo, é que cada padre, diácono, religioso ou leigo, na sua ilha e na diocese, se mantenha no seu oficio e nos seu lugar, apesar da nomeação em vigor caducar e não puder ser renovada automaticamente”, refere ainda.
O sacerdote termina a carta apelando à oração pelos sacerdotes e pela chegada de um novo bispo.