O secretário de Estado do Vaticano está a realizar uma viagem ao Sudão do Sul até esta quinta-feira, seis meses após a visita do Papa Francisco ao mais jovem país africano, afetado por uma grave crise de refugiados.
“Vocês sofreram e experimentaram em primeira mão conflitos, tensões, fome, insegurança, enchentes, conflitos étnicos, lutas pelo poder e jogos políticos. Até quando, Senhor, teremos de sofrer todos esses males? Quando voltarão a paz e a serenidade às nossas comunidades? Os gritos das mães, avós e inocentes rasgam os céus”, disse o cardeal Pietro Parolin, esta terça-feira, solenidade litúrgica da Assunção de Maria, na Catedral de Malakal.
O colaborador do Papa alertou para a “grande chaga da vingança” que está a destruir as comunidades sul-sudanesas, em conflito há vários anos.
13 pessoas morreram em Malakal, no último mês de junho, na sequência de confrontos dentro de um campo para pessoas deslocadas, sobrelotado.
O portal de notícias do Vaticano refere que o cardeal Parolin “levou a proximidade, as orações e a bênção do Papa Francisco” aos que fugiram das suas casas.
A crise dos refugiados no Sudão do Sul é considerada a maior do continente africano, com 2,3 milhões de pessoas a viver nos países vizinhos e 2,2 milhões de deslocados internos.
A 5 de fevereiro, o Papa encerrou a sua primeira visita ao mais jovem país de África, uma peregrinação ecuménica pela paz em que alertou para a crise dos refugiados e a violação dos direitos das mulheres.
(Com Vatican News)