Donald Trump vai chefiar os Estados Unidos da América nos próximos quatro anos
O secretário de Estado do Vaticano comentou hoje a eleição de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos da América e fez votos de que o novo líder norte-americano trabalhe pelo “bem-estar e pela paz no mundo”.
“Acredito que hoje exista a necessidade de todos trabalharem para mudar a situação mundial, que é de grave dilaceração, de grave conflito”, disse o cardeal Pietro Parolin em declarações à Rádio Vaticano, à margem da inauguração do novo ano académico da Universidade Pontifícia Laternanense, em Roma.
O responsável pela diplomacia da Santa Sé desejou que o Senhor “ilumine e ampare” o presidente dos Estados Unidos da América, no seu serviço à pátria mas também no cuidado pela estabilidade e equilibrio de todas as nações.
O prelado italiano assinalou que o resultado das eleições dita a “vontade expressa” pelo povo norte-americano, que foi às urnas esta terca-feira.
Um sufrágio “caracterizado por uma grande afluência”, observou o cardeal Pietro Parolin.
O republicano Donald Trump venceu a democrata Hillary Clinton na eleição para presidente dos Estados Unidos da América, tendo conquistado 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral, tendo a sua adversária ficado pelos 218 votos.
“A todos os republicanos, democratas e independentes nesta nação digo que este é o momento para nos reconciliarmos enquanto povo unido”, disse o novo presidente dos Estados Unidos na América, no seu discurso de agradecimento, esta madrugada em Nova Iorque.
Certo é que a campanha eleitoral dividiu muito os norte americanos, sobretudo os açorianos radicados nos Estados Unidos, como recordava há cerca de duas semanas o professor Diniz Borges, apresentador de um programa de televisão no canal televisivo da diocese de Fresno, na California.
“O que me preocupa e muito é que o debate tenha sido odioso , vil e tão mesquinho” diz o apresentador da televisão norte americana canal 49, emissora católica da diocese de Fresno.
“Os nossos jovens têm estado a assistir a esta campanha baixa e, do que tenho visto em contexto de sala de aula, há muitos jovens, mesmo luso descendentes, que passaram a ter um comportamento quase xenófobo para com os colegas hispânicos ou árabes” refere o docente lembrando que “isso antes não acontecia”.
“O que temos assistido é o exemplo do que não precisamos; o que deveria estar em cima da mesa seria ensinarem-nos a viver bem e felizes”, concluiu.
O professor Dinis Borges dá aulas em Tulare, na Califórnia, EUA, onde existem três escolas secundárias e com as quais as duas escolas secundárias de Angra, que é cidade irmã de Tulare há precisamente 50 anos, assinaram um memorando de entendimento para dar corpo a intercâmbios futuros.
“Mais do que nos debruçarmos sobre o passado interessa projectar e garantir o futuro, e o futuro são os jovens”, adianta