Peregrinação nacional terminou este domingo. Amanhã 41 `mensageiros´ rumam a Tuy e Pontevedra, em Espanha
Terminou hoje em Fátima mais uma peregrinação nacional do Movimento da Mensagem de Fátima (MMF) e 41 açorianos, das ilhas Terceira e de São Miguel, disseram uma vez mais presente tornando-se, desta feita, peregrinos do Centenário.
Na missa dominical, no Recinto de Oração, D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima e assistente geral do Movimento da Mensagem de Fátima(MMF), convidou os peregrinos a inspirarem-se na parábola do semeador.
“Esta parábola ajuda-nos a compreender como nasce cresce, amadurece e dá frutos a nossa fé”, disse o bispo de Leiria-Fátima lembrando que “o semeador é Cristo, um semeador generoso e incansável porque semeia com abundância, confiante que a semente que lança dará fruto”.
D.António Marto afirma que “a Sua palavra é cheia de amor, energia e luz, misericórdia e perdão, esperança e vida, é palavra que cura e salva e dá vida”, e o terreno onde Cristo semeia “somos nós e o nosso próprio coração”.
“Com que disposição acolhemos a palavra do Senhor?”, questionou o prelado que incitou o “exemplo da Virgem Maria” e desafiou os peregrinos a serem “semeadores como Cristo”.
“A nossa palavra pode fazer muito bem ou muito mal, pode curar ou ferir, pode transmitir vida ou matar, encorajar e dar ânimo ou deprimir”, alertou.
Na saudação final, D. António Marto felicitou cada Mensageiro pela sua missão de “levar a Mensagem de Fátima aos quatro cantos de Portugal”.
Questionado sobre a participação dos açorianos nesta peregrinação o responsável pelo secretariado diocesano do MMF, Nelson Gonçalves, lembra que é uma oportunidade para experienciar a mensagem no local onde todos os dias ela é trabalhada.
“Muitas das pessoas que vêm não são mensageiras mas nós temos esperança que o contacto com a mensagem no local onde Nossa Senhora se fez presente as possa contagiar para que depois, ao nível da paróquia, possam desenvolver trabalho de difusão da Mensagem de Fátima”, disse ao Sítio Igreja Açores.
“Infelizmente sentimos, ainda, que há muita fé na Virgem e um gosto grande por Fátima mas quando se trata de assumir um compromisso mais duradoiro e mais responsabilidades como mensageiros torna-se mais difícil. Mas isto acontece neste movimento e em muitos outros” refere.
“Vamos a ver se desta vez alguém fica tocado de uma forma mais especial” conclui o dirigente que não esconde a preocupação permanente na necessidade de renovação do Movimento a nível diocesano.
“Os grupos paroquiais são fechados e compostos maioritariamente por gente mais idosa; precisamos de abrir aos mais novos para garantirmos a continuidade do Movimento”, reitera Nelson Gonçalves.
Amanhã os 41 `mensageiros` partem numa peregrinação açoriana a Tuy e Pontevedra, lugares de aparição de Nossa Senhora à irmã Lúcia, cujo processo de canonização decorre em Roma.
“Estas pessoas conhecem a história das aparições e sabem identificar os locais mas há sempre uma parte de descoberta que nós deixamos que elas façam in loco”, disse por outro lado Nélson Gonçalves que nesta peregrinação é acompanhado por Cristina Teles, membro do secretariado diocesano.
Para António Pedro Costa, de São Miguel, trata-se de “uma oportunidade para viver presencialmente a Mensagem de Fátima” e embora “conheçamos a história do acontecimento e o conteúdo da mensagem de Fátima viver aqui essa experiência é totalmente diferente”.
António Pedro Costa não é mensageiro mas quis vir nesta peregrinação, a acompanhar a mulher.
“Está a ser muito gratificante” adianta destacando “o envolvimento e entusiasmo dos mais novos no voluntariado”, um testemunho que pode ser colhido para a pastoral dos doentes.
“O clima de oração permanente e o contacto com a experiência de outras dioceses é muito enriquecedor” conclui.
Também Pedro Rodrigues, da Ribeirinha, na ilha Terceira, sublinha a importância destes encontros. Este mensageiro, que aprendeu as primeiras letras com o jornal Voz da Fátima, de que a mãe era assinante, diz que já veio “sete ou oito vezes” mas “descobre sempre coisas novas e importantes para levar para a paróquia”.
“Sermos peregrinos é muito enriquecedor pois é uma experiência diferente de tudo”.
Foi isso que levou Jorgelina Pereira a vir desta vez. Reside nos EUA, na Califórnia e há muito tempo que desejava vir a Fátima.
“Lá fazemos retiros e ouvimos falar de Fátima mas vir aqui é outra coisa” refere sublinhando a “ternura” da imagem de Nossa Senhora na Capelinha.
Esta peregrinação Nacional é uma das três actividades do Moviemento a que a diocese de Angra diz sempre presente. As outras duas são a peregrinação nacional dos doentes e a peregrinação nacional das crianças.
O Movimento da Mensagem de Fátima é um Movimento ao serviço da Mensagem de Fátima, com a Igreja e para a Igreja.
É uma associação pública de fiéis ereta pela Conferência Episcopal Portuguesa, com caráter Nacional, que por sua vez delega no Bispo de Leiria-Fátima, com título de assistente geral.
O MMF rege-se pelo Código de Direito Canónico, pelos presentes estatutos, pelas Normas Gerais das Associações de Fiéis da Conferência Episcopal Portuguesa, e pela legislação Civil e Canónica aplicáveis.
O MMF procura viver mais intensamente a Mensagem de Fátima ao jeito dos Pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco – Conversão, Reparação e Adoração Eucarística.
Para melhor responder aos seus objetivos, dá especial atenção aos seguintes campos de pastoral – Oração – Peregrinações – Doentes e Portadores de Deficiência.
Nos Açores é particularmente ativo nas ilhas Terceira e São Miguel.