Devido à pandemia a Missa Crismal que se celebra habitualmente na Semana Santa foi adiada para dia 21 de junho
O bispo de Angra vai presidir às celebrações de renovação das promessas sacerdotais do clero diocesano no próximo domingo, às 18h00, na Sé de Angra. A Missa Crismal, que deveria ter sido celebrada na Semana Santa, na qual os sacerdotes renovam as suas promessas, foi adiada devido ao confinamento e à suspensão das celebrações comunitárias na sequência da pandemia provocada pela Covid 19.
Nesta celebração serão igualmente assinalados quatro jubileus sacerdotais que se assinalam este ano: 70 anos de ordenação do cónego Gil Vicente Mendonça, ordenado a 28 de maio de 1950 e três outros sacerdotes comemoram 25 anos de ordenação, a saber o cónego António Henrique Pereira e os padres Herminio Mendes e José Paulo Machado.
Numa nota enviada a 19 de março, o Bispo diocesano felicita os sacerdotes que vivem este ano o seu jubileu sacerdotal.
“Apresento o reconhecimento da Igreja diocesana e o meu próprio pela sua generosa entrega ao serviço do Povo de Deus que lhe foi confiado”, refere a carta enviada aos sacerdotes, à qual o sítio Igreja Açores teve acesso.
“A igreja diocesana sente a obrigação de partilhar consigo da sua alegria e ação de graças numa celebração que reúna todos os sacerdotes que neste ano celebram as suas festas jubilares” adianta ainda o prelado.
A festa, restrita e feita de acordo com as regras de segurança a que a atual situação impõe, começará às 18h00 com a celebração da Eucaristia, na Sé de Angra, seguindo-se um jantar no Seminário Episcopal de Angra.
No dia 23 de junho, às 11h00, na Igreja Matriz da Madalena, na ilha do Pico, decorrerá a Missa onde serão renovadas as promessas sacerdotais do clero da vigararia do ocidente, que reúne as ilhas do Faial , Pico, Flores e Corvo.
Finalmente, no dia 25 de junho, os sacerdotes da vigararia nascente- ilhas de São Miguel e Santa Maria- são convidados a renovar as suas promessas sacerdotais na igreja Matriz de Ponta Delgada, às 12h00.
“Embora deslocada do tempo próprio”, o bispo de Angra interpela todo o clero a participar neste momento festivo em nome de uma “comunhão com Deus e em presbitério”.
A Missa Crismal, presidida pelo bispo e concelebrada pelos presbíteros da diocese, é a celebração na qual se consagra o santo crisma (daqui vem o nome de “missa crismal”) e se abençoa também os demais óleos (que serão usados nos enfermos e batismos).
Em geral, esta missa é celebrada na catedral de cada diocese, na Quinta-Feira Santa. Mas, por razões de conveniência pastoral, pode ser adiantada para outro dia da Semana Santa, ou neste caso concreto para outra data por decisão da Santa Sé.
O rito da Missa Crismal inclui a renovação das promessas sacerdotais. Após a homilia, o bispo convida seus sacerdotes a renovar sua consagração e dedicação a Cristo e à Igreja. Juntos, prometem solenemente unir-se mais a Cristo, ser ministros fiéis dele, ensinar e oferecer o santo sacrifício em seu nome, bem como conduzir outros a Ele.
Portanto, outro tema importante da Missa Crismal é o sacerdócio. Ao entregar o mistério da Eucaristia à Igreja, Jesus também instituiu o sacerdócio.
Os textos da missa apresentam um conjunto catequético não somente sobre o sacerdócio ministerial, mas também no relativo ao sacerdócio geral dos fiéis. Desde a antífona de entrada, a assembleia aclama que Jesus Cristo nos tornou um reino e nos fez sacerdotes de Deus, seu Pai.
Na Missa Crismal, não se recita o Credo. Após a renovação das promessas sacerdotais, os óleos são levados em procissão ao altar, onde o bispo pode prepará-los, se já não estiverem prontos. Em último lugar, leva-se o santo crisma, portado por um diácono ou presbítero. Depois dos óleos, são levados o pão, o vinho e a água para a Eucaristia.