A exposição temporária “Catedral de Angra – Sede de um bispado e do exercício do Cabido” inaugura no Dia dos Bens Culturais da Igreja, a 18 de outubro
A catedral de Angra celebra 450 anos do lançamento da primeira pedra para a sua construção e vai assinalar a data festiva com uma exposição temporária intitulada “Catedral de Angra – Sede de um bispado e do exercício do Cabido”, que estará patente na Capela de Santo Estevão entre 18 de outubro, dia dos Bens Culturais da Igreja, e o dia 18 de novembro.
A exposição, que conta com o apoio da Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro e da Câmara Municipal de Angra, pretende assinalar as datas comemorativas do Dia Nacional dos Bens Culturais da Igreja (18 de outubro) e do 450º aniversário do lançamento da primeira pedra da Sé (18 novembro), e celebra “a Catedral enquanto edifício central da ação de ensino, culto e caridade no arquipélago, ao longo de 486 anos”, refere uma nota enviada pela paróquia ao Igreja Açores.
“A paróquia da Sé e Catedral de Angra empenham-se na concretização de elementos promotores do património cultural existente no seu espaço” refere a nota sublinhando a importância de um circuito renovado na visita ao tesouro da Sé, que faz parte da Rota das Catedrais e das duas iniciativas que a igreja desenvolveu para melhorar a mostra desse tesouro.
A primeira consiste num circuito explicativo da igreja da Sé, onde cada capela, altar ou outro espaço interior dispõe de um guião sobre a sua história, a par da identificação dos elementos patrimoniais ali exibidos.
O circuito permite, assim, que qualquer visitante da Catedral possa complementar a sua visita com uma orientação bilingue (em português e em inglês), durante todo o ano, e também com uma pequena oração para cada capela.
A segunda iniciativa consiste na conclusão dos trabalhos de inventariação, reestruturação e divulgação do Núcleo Museológico do Tesouro da Sé. Seguindo o mote «Igreja – sacramento universal de salvação», presente nesta igreja local, o projeto visa a potencialização do discurso museológico e da função catequética deste núcleo.
O espaço nobre, de exposição permanente, a inaugurar no dia 18 de outubro, encontra-se visitável ao público durante os dias de semana das 10h00 às 16h30, sofrendo alteração de horário nos meses de verão, que, oportunamente, será anunciado, referem os promotores.
A área de implementação estendida à antessacristia e sacristia principal, no rés-do-chã e em dois salões no 1º. Andar, encontra-se dividida em três temáticas centrais: O bispo, sucessor dos apóstolos na Igreja local – a Diocese de Angra (sala 1); A Igreja educa e ensina – evangelistas, doutores e santos (sala 2); A Igreja santifica, perdoa e cura: os sacramentos – Devoções (sala 3).
“Estas temáticas propõem ir ao encontro das duas missões preeminentes de um museu da Igreja – a missão pastoral e a missão cultural” sublinha ainda a nota.
“Tratamos as peças do ponto de vista museológico, mas ao mesmo tempo procuramos tirar o proveito da mensagem cristã, da mensagem da Igreja para que quem visita essas peças, esses espaços, possa perceber aquilo que vivemos”, refere o cónego Hélder Fonseca Mendes, em declarações ao programa de rádio Igreja Açores.
Este projeto contou com o trabalho profissional de uma equipa multidisciplinar e a sua execução custou, à paroquia da Sé, 21.623,05€, financiado pelas entradas dos turistas nos últimos anos.
No dia 18 de novembro será lançada a primeira pedra digital da Catedral com o lançamento de uma página web sobre a Sé, enquanto paróquia e enquanto catedral diocesana, sede do bispo de Angra.
A Diocese de Angra é uma das 17 entidades que integra a partir deste domingo a plataforma virtual de comunicação criada pelo Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja.
Trata-se de um novo instrumento de comunicação, “dinâmico e acessível”, que vai ser dedicado, nesta primeira edição, ao tema do “património deslocado”.
A plataforma foi concebida “para encurtar distâncias, num tempo em que as actividades presenciais são limitadas”, lê-se numa nota citada pela Agência Ecclesia.
“«Património(s) Partilhado(s)» é uma iniciativa do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja que tem por objetivo a partilha em rede de acervos de arte cristã, em contexto eclesial ou não, à guarda das mais diversas instituições”, refere a nota.
Neste momento, já aderiram à iniciativa: Patriarcado de Lisboa; Diocese de Beja; Diocese da Guarda; Diocese de Bragança-Miranda; Seminário Maior de Coimbra; Mosteiro de São Vicente de Fora; Consolata Museu | Fátima; Igreja e Torre dos Clérigos; Museu da Misericórdia do Porto; Rota do Românico; Museu Municipal de Faro; Museu Monográfico de Conímbriga; Museu Nacional de Machado de Castro; Museu Nacional Grão Vasco; Mosteiro de Santa Maria da Vitória – Batalha; Diocese de Angra e Museu da Polícia Judiciária.