Este diálogo da paróquia da Catedral com as famílias angrenses visa assinalar os 800 anos do Presépio de Gréccio, feito por São Francisco de Assis
A Sé de Angra, durante o tempo do Advento, tem em exibição uma exposição de uma centena e meia de presépios emprestados pelas famílias da paróquia.
“Com o intuito de assinalarmos os 800 anos do primeiro presépio, e por iniciativa da Catequese da Sé, convidamos os paroquianos a partilhar presépios para exporem à comunidade e àqueles que nos visitam, a partir deste tempo do Advento” afirma uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores pela paróquia da Sé.
Têm particular interesse as “casas” feitas em família (à imagem da própria casa familiar) que vão sendo colocadas no presépio principal da Igreja, “também ele construído paulatinamente e de forma pedagógica, assim como inúmeros presépios feitos em materiais recicláveis, particularmente pelas crianças dos Colégios de Santa Clara e de São Gonçalo” informa ainda a nota.
Com esta iniciativa pretendeu-se “dar cumprimento ao espírito da Laudato Si e instruir as novas gerações e famílias acerca da importância e significado do Presépio”.
Entre os presépios estão alguns da Igreja e um da Casa Episcopal, e outros de inúmeros tamanhos e materiais , esclarece ainda a nota.
No Natal de 1223, São Francisco de Assis criou o primeiro presépio da história. Na cidade de Gréccio, reuniu pessoas que representaram o nascimento de Jesus. Segundo o primeiro biógrafo de São Francisco, Tomás de Celano, daquele presépio do Natal de 1223, “todos voltaram para suas casas cheios de inefável alegria”. A Igreja considera que com a simplicidade daquele gesto, São Francisco realizou uma grande obra de evangelização.
“Queridos irmãos e irmãs, o presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. A partir da infância e, depois, em cada idade da vida, educa-nos a contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está conosco e nós estamos com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria. E educa para sentir que nisto está a felicidade. Na escola de São Francisco, abramos o coração a esta graça simples, deixemos que do encanto nasça uma prece humilde: o nosso “obrigado” a Deus, que tudo quis partilhar connosco para nunca nos deixar sozinhos”, escreveu o Papa Francisco na Carta Apostólica Admirabile Signum, nº 10, sobre o significado e valor do presépio.