Iniciativa desafia catequistas a serem verdadeiros agentes de evangelização
As ilhas de Santa Maria e de São Miguel estão a celebrar o Dia do Catequista. Este sábado a iniciativa realizou-se na ilha de Santa Maria e no próximo dia 30 será celebrado em Água de Pau, na ilha de São Miguel.
Trata-se de uma iniciativa desenvolvida pela delegação do Secretariado Diocesano de Apoio à Evangelização, Catequese e Missões da Vigararia Nascente.
Os catequistas desenvolveram várias atividades de partilha e reflexão com base no lema do ano pastoral “A beleza de caminharmos juntos em Cristo”.
“Em tempos o dia do catequista centrava-se unicamente na vertente de convívio com alguns compromissos à mistura que cada paróquia trazia para apresentar e na atualização doutrinal feita por um sacerdote e, no final do dia havia a celebração eucaristia. De há uns anos para cá este dia tem sofrido algumas alterações por forma a gerar maior motivação e participação, apoiando-se na oferta de bases, atualização de conhecimentos e criatividade através de dinâmicas próprias” adiantou ao Igreja Açores o Pe. Carlos Simas, responsável pela catequese na Vigararia nascente.
“Com a participação nas Jornadas Nacionais em Fátima percebi que, no mundo da catequese, há muito bom trabalho já feito, há outro que está a ser feito num excelente caminho, mas existe um outro de bases que necessita ser feito: trabalhar e atualizar os nossos catequistas em várias matérias, mas isto poderá ser falado e apresentado em outra ocasião, pois muito se poderá dizer sobre estas necessidades” esclarece ainda, ao sublinhar a importância do sector na ação pastoral da diocese.
Este ano é o primeiro em que o Dia do Catequista é animado pela delegação do Serviço Diocesano de Apoio à Evangelização, Catequese e Missão e por isso “há essa novidade”.
As comemorações, embora em separado nas duas ilhas, obedecem ao mesmo esquema, distribuído por quatro ateliês: O ser – que consiste em transmitir a importância de ser catequista nos dias de hoje; o saber – que alerta aos catequistas o quão importante é o saber e a atualização, nos nossos dias; o saber fazer – leva a que o catequista tome consciência de que ele é a “chave” da catequese assim como também é o “mistagogo” que introduz o catequizando no que se vive e no que se celebra e, no 4.º atelier, aposta-se na formação doutrinal.
“Não se trata de debitar ensinamentos doutrinais mas implicar cada catequista no ser, no saber e no saber fazer” adianta o Pe. Carlos Simas.
“Neste quarto momento o catequista receberá formação e informação sobre o projeto “Say Yes” e estará preparado, para levar o seu grupo a viver a caminhada para as JMJ 2022, assim como sobre a catequese familiar já implementada em algumas paróquias da ilha de São Miguel”, esclarece ainda.
Na final do dia os catequistas foram desafiados a partilhar as suas dificuldades, os seus anseios mas também a fazer sugestões para melhor “servirmos como delegação de um Serviço Diocesano”. O dia será encerrado com a Eucaristia.
Em São Miguel, no próximo dia 30 de novembro, o esquema será o mesmo com alguma alteração nos temas: Novas Famílias; Catequese Familiar; Dinâmicas de Teatro através das Parábolas e Doutrinal prática – Encontro com a Bíblia e, a apresentação do projeto Say Yes.
“O Dia do Catequista vale por si próprio. Assim como existem dias para tantas coisas, o Dia do Catequista é um pilar fundamental no ser e no viver a tarefa de catequista num mundo que, cada vez mais, necessita ser evangelizado e tomar consciência desta necessidade”, avança o sacerdote que é ouvidor nos Fenais da Vera Cruz.
“É na troca de experiências das suas vidas que os catequistas se vão dando a crescer na fé. Este dia não é uma imposição, mas uma necessidade, porque o catequista necessita viver na primeira pessoa aquilo que é”, conclui.
Nas nove ouvidorias- oito em São Miguel e uma em Santa Maria-, que integram 72 paróquias há, para já, o registo de 248 catequistas, 2640 catequizandos dos quais, 1636 são da infância e 1004 são da adolescência.Os dados são, contudo, provisórios.