Iniciativa conta com a colaboração do Serviço de Hematologia do Hospital do Divino Espirito Santo de Ponta Delgada
Seis dezenas de romeiros, entre eles, pelo menos, duas senhoras, deram sangue este domingo numa iniciativa do Rancho de Romeiros de São Pedro em coordenação com o Movimento de Romeiros de São Miguel e o Serviço de Hematologia do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada.
É a segunda vez que isto acontece este ano e os promotores ficaram satisfeitos com a adesão, lembrando que o verão e as férias” geram menos disponibilidade para este tipo de ações”.
“Muitos de nós já somos dadores habituais e organizamo-nos para além destes momentos e vamos diretamente ao hospital” disse Paulo Pacheco um dos promotores desta iniciativa.
Desta vez entre os inscritos estavam também senhoras, duas delas mulher e filha de um romeiro de São Pedro.
“É a segunda vez que faço isto e embora hoje não pudesse ter dado sangue porque não reunia todas as condições para o fazer, para a semana vou ao hospital”, disse ao Sítio Igreja Açores Graça Carvalho.
A recolhe feita na sede dos Romeiros de São Pedro implica um procedimento idêntico ao do Hospital, ou seja, os dadores são atendidos pela equipa de enfermagem, vistos por um médico e logo que reúnam todas as condições de saúde podem iniciar a dádiva de sangue. No caso dos homens podem fazê-lo quatro vezes num ano; as mulheres 3 vezes. Em cada dádiva é recolhido meio litro de sangue, aproximadamente, que depois de devidamente tratado, vai para o banco de sangue do Hospital do Divino Espírito Santo.
“Os romeiros de São Pedro já fazem estas dádivas desde 2013; agora fazemo-las em articulação com o movimento e por isso temos mais gente disponível nomeadamente de outros ranchos”, disse Paulo Pacheco, lembrando que “é uma iniciativa voluntária mas que pode salvar vidas”.
É também este o entendimento do Mestre de Romeiros de Santa Clara, um dos ranchos envolvidos nesta ação com 14 romeiros inscritos.
Manuel Oliveira lembra que é dador desde 1978, altura em que cumpria serviço militar em Lisboa.
“Quando dávamos sangue tínhamos cinco dias de licença e eu tornei-me dador na perspetiva de poder usufruir dessa benesse, mas fui sensibilizado e hoje faço-o porque sei que assim posso contribuir para dar uma vida”, disse Manuel Oliveira.
Nesta iniciativa estiveram envolvidos irmãos romeiros dos ranchos de Santa Clara, São pedro, São José, Fajã de Cima e São Roque.