Regressam ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição no domingo, onde se encontrarão com as Caminhantes
Vinte o oito romeiros estão desde o nascer do sol de quarta-feira a cumprir a XVII Romaria do Rancho de Romeiros de Nossa Senhora da Conceição, na ilha Terceira.
Durante cinco dias vão percorrer toda a ilha, entrando em todas as igrejas e ermidas. Um dos dias mais duros é o chamado dia do deserto em que andarão no interior da ilha.
“O percurso é sempre o mesmo faça chuva sol, ou vento” disse ao Igreja Açores Paulo Roldão, mestre do Rancho que segue exatamente o mesmo regulamento e orientações que os romeiros de São Miguel. Aliás, alguns elementos deste rancho terceirense participam já no retiro anual dos romeiros da maior ilha do arquipélago no último domingo de janeiro.
“Este ano temos cinco irmãos de fora e três participam na romaria pela primeira vez” refere ainda Paulo Roldão. Entre as intenções estão as orações pelo Santo Padre, pelos sacerdotes e pelos mais frágeis da diocese, para além das intenções particulares. O grupo conta entre os irmãos com a presença do padre Dinis Silveira, que sendo natural da ilha, mas estando em São Jorge nunca perdeu a ligação a este rancho.
A particularidade da romaria deste ano é que ela terminará ao mesmo tempo que a Romaria do Grupo das Caminhantes de Nossa Senhora da Conceição, um dos dois ranchos femininos do Santuário. As 65 peregrinas que saem no sábado e pernoitarão em Porto Martins, terminarão a sua romaria pela primeira vez no Santuário.
As romarias quaresmais são uma das marcas identitárias da quaresma nos Açores. Grupos de homens, e agora também de mulheres, percorrem as estradas da ilhas a rezar. A tradição tem mais de 500 anos e é especialmente vivida em São Miguel, onde terão começado estas romarias quaresmais.