Romeiros da Terceira empenhados em levar romarias mais longe
O Rancho de Romeiros da ilha Terceira, que este ano sairá a 25 de março, propôs ao Movimento de Romeiros de São Miguel a realização de uma romaria conjunta até Fátima por ocasião do centenário das aparições de Nossa Senhora, que se assinala em 2017.
“Seria bonito fazermos essa romaria em conjunto”, disse ao Sítio Igreja Açores o mestre dos Romeiros terceirenses, ligados ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Paulo Roldão, pois “a nossa fé e a maneira como rezamos é única e por isso seria muito interessante”.
Os Romeiros da Terceira saem a 25 de março, durante cinco dias e esta será a nona romaria.
“Nenhuma é igual, apesar das orações, do percurso e dos dias serem os mesmos, nenhuma romaria é igual à outra” refere lembrando que este ano serão perto de quatro dezenas os terceirenses (maioritariamente) que sairão, levando novamente um sacerdote integrado no rancho- o Pe Dinis Silveira- que está a estudar em Roma e que se desloca propositadamente à ilha, para fazer a Romaria.
“É uma mais valia que não podemos dispensar” diz o mestre que há três anos lidera este rancho de Romeiros, que cumpre “à risca” o regulamento do Movimento de Romeiros de São Miguel.
“Naturalmente que se um dia o Movimento quiser fazer um regulamento mais abrangente, que nos integre, seria interessante embora nós, mesmo reconhecendo que as romarias nos moldes em que são feitas em São Miguel são as originais, já respeitamos na íntegra tudo o que fazem os Romeiros de São Miguel”, acrescentou Paulo Roldão, lembrando que “não importa se é em São Miguel ou na Terceira “, o que importa mesmo “é que nós sejamos bons romeiros e fieis”.
De resto, as romarias existem noutras ilhas, “desde sempre”. Na Terceira, inclusive, há as casas dos romeiros (ainda existem duas em Santa Bárbara e na Santinha do Mato) “o que indicia que também se faziam romarias”.
Este rancho formou-se no final de 2006, com a orientação espiritual do cónego Francisco Dolores, Reitor do Santuário de Nossa Senhora da Conceição e que acompanha com “regularidade” a formação destes romeiros, que acontece nas reuniões mensais, interrompidas apenas no verão.