O Papa Francisco aprovou hoje as virtudes heroicas de Robert Schuman, estadista francês e um dos fundadores do projeto europeu.
“O Papa autorizou a promulgação do Decreto que reconhece as virtudes heroicas de Robert Schuman, fiel leigo, nascido a 29 de junho de 1986 em Clausen, no Luxemburgo, e morto em Scy-Chazelles, França, a 4 de setembro de 1963”, pode ler-se num comunicado na sala de imprensa do Vaticano.
Schuman foi chefe do governo francês, ministro e autor da declaração de 19 de Maio de 1950 que deu um grande impulso à construção europeia, abrindo uma nova via de relações internacionais baseada na negociação política.
Entre 1958 e 1960 foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu.
O Papa Paulo VI definiu-o como «um infatigável pioneiro da unidade europeia».
O processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja católica a 9 de Junho de 1990, e o processo encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé.
O reconhecimento das “virtudes heroicas” é um passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade; para a beatificação, exige-se o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do agora venerável.
Com o reconhecimento das virtudes heroicas de Robert Schuman, o estadista francês torna-se Venerável.
A tramitação do processo relativo a um católico morto com fama de santo passa por várias etapas.
Aos bispos diocesanos compete o direito de investigar acerca da vida, virtudes ou martírio e fama de santidade ou de martírio, milagres aduzidos, e ainda, se for o caso, do culto antigo do Servo de Deus, cuja canonização se pede.
Este levantamento de informações é enviado à Santa Sé: se o exame dos documentos for positivo, o “servo de Deus” é proclamado “venerável”.
A segunda etapa do processo consiste no exame dos milagres atribuídos à intercessão do “venerável”; se um destes milagres é considerado autêntico, o “venerável” é considerado “beato”.
Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, o beato é proclamado “santo”.
A canonização, ato reservado ao Papa, é a confirmação por parte da Igreja de que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
(Com Ecclesia)