Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande assinala o dia de Nossa Senhora da Misericórdia
Teve lugar no passado dia 31 de Maio, a festa em honra de Nossa Senhora da Misericórdia, padroeira das Santas Casas da Misericórdia, devoção secular muito acarinhada pelas Instituições portugueses de forma particular.
“Celebrando-se este ano o Jubileu Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, entendeu a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande assinalar esta festividade compromissória, retomando uma antiquíssima tradição das Misericórdias” informa uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores pela instituição.
Assim, teve lugar na Igreja de Nossa Senhora do Guadalupe, Igreja-Mãe desta instituição, uma Cantata em honra de Nossa Senhora da Misericórdia, com a participação de vários grupos corais da Ouvidoria da Ribeira Grande.
Os Irmãos das Santas Casas da Misericórdia da ilha de S. Miguel e a população em geral foram convidados para aquele evento, registando-se uma “adesão significativa de quantos invocam a padroeira das Misericórdias neste ano especial, como forma de se celebrar condignamente uma data importante para a vida destas instituições eclesiais de solidariedade social”, sublinha a nota.
Participaram na Cantata os Grupos Corais de Santa Bárbara, Ribeirinha, Rabo de Peixe, da Cidade da Ribeira Grande e ainda o Grupo de Animação Litúrgica da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande. No final, os grupos entoaram o Hino do Jubileu da Misericórdia.
A festa em honra de Nossa Senhora da Misericórdia em Portugal começou a ser celebrada imediatamente no ano a seguir à fundação da primeira misericórdia portuguesa a 15 de agosto de 1498, pela especial intervenção da Rainha D. Leonor, rainha viúva de D. João II que resolveu instituir uma Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia, na Sé de Lisboa (Capela de Nossa Senhora da Piedade ou da Terra Solta), onde passou a ter sede.
Inicialmente constituída por cem irmãos, a Irmandade atuava junto dos pobres, presos, doentes. E apoiava os chamados “envergonhados”, pessoas decaídas na pobreza, por desgraça. Socorria todos os necessitados, dando pousada, roupas, alimentos, medicamentos ou mezinhas.
A Misericórdia adotou, então, como símbolo identificador a imagem da Virgem com o manto aberto, protegendo os poderes terrenos, reis, rainhas, príncipes, e os poderes espirituais, Papas, cardeais, bispos, clérigos ou membros de ordens religiosas. Uma proteção que se estendia também a todos os necessitados, crianças, pobres, doentes, presos, entre outros.