Retiro anual dos romeiros refle sobre a romaria como “Tempo e Espaço de esperança”

Encontro anual realiza-se na Escola Secundária da Lagoa e conta com dois momentos de reflexão a partir da Palavra de Deus

Foto: Romeiros/Arquivo

Realiza-se no próximo domingo, dia 26, o retiro anual dos romeiros, na Escola Secundária da Lagoa, na ilha de São Miguel, com o tema “A Romaria, tempo e espaço de esperança”. Além do novo diretor espiritual do movimento, padre Francisco Rodrigues, orientarão este retiro os padres José Júlio Rocha, Vigário Episcopal para o Clero e o padre André Grecki, polaco e autor de vários estudos sobre as romarias quaresmais de São Miguel.

“A Quaresma é sempre um tempo de trabalhar a esperança. Este ano ainda mais já que vivemos o Jubileu da esperança. É preciso que cada um saiba exatamente porque faz a romaria, como a quer fazer, o que lhe é exigido e o que deve ser feito mostrando-se disponível para viver a Romaria de acordo com aquilo que Deus lhe reserva” afirmou ao Sítio Igreja Açores o novo diretor espiritual do Movimento, que em 2022 celebrou os 500 anos das Romarias Quaresmais de São Miguel.

Este ano, as Romarias saem a 8 de março, primeiro sábado da Quaresma e terminarão a 17 de abril, quinta-feira santa.

Embora ainda não sejam conhecidas as intenções do bispo de Angra para as romarias deste ano, o Grupo Coordenador irá propor no Retiro que em todos os dias da Romaria se siga um esquema próprio a partir da oração do Pai-Nosso .

“Gostaríamos que cada rancho pudesse, em cada dia da romaria, ter uma oração do Pai nosso relacionada com a esperança: no primeiro dia será o Pai e a esperança; o  segundo dia o nome e a esperança; no terceiro dia o reino e a esperança; no quarto a vontade de Deus e a esperança; no quinto, o dia e a esperança;  no sexto a tentação e a esperança e, no último dia, o mal e a esperança” afirmou ao sítio Igreja Açores o padre Francisco Rodrigues.

“No fundo, gostaríamos que pudessem ser levantadas três ou quatro questões e depois, à luz do catecismo e dos ensinamentos da Igreja, pudéssemos refletir em conjunto sobre aquela que é a nossa verdadeira esperança, que é o Senhor ressuscitado” adianta ainda o sacerdote.

“A maior alegria que terei no fim das romarias deste ano, como sempre, embora agora com outras funções, será construída a partir dos testemunhos e perceber que cada um se encontrou com Cristo. Mais do que avaliar se as regras e tudo foi cumprido é importante perceber se esse encontro foi conseguido” refere ainda o sacerdote que reconhece ser uma mais valia não só para a preparação mas também para a caminhada, se o rancho tiver entre os irmãos um sacerdote.

“A hierarquia da Igreja começa a perceber a importância que as romarias podem ter na vida paroquial e é uma mais valia quando o sacerdote participa. É sempre mais fácil a celebração do sacramento da reconciliação, da Eucaristia e o sacerdote também se enriquece com a experiência de fé dos irmãos” confessa o sacerdote que também é romeiro, tendo participado em várias romarias.

“É bonito ver quando o sacerdote se coloca no rancho com os irmãos, embora com uma missão diferente” adianta ainda.

Este ano sairão 55 ranchos, embora nem todos os romeiros participemm sempre neste retiro anual que se realizará no próximo domingo, dado que é mais orientado para os irmãos dirigentes de cada rancho, com missões específicas.

“Que seja um momento de convívio enquanto irmãos romeiros e, sobretudo, um despertar neles do desejo de fazerem a melhor romaria de sempre” afirma o padre Francisco Rodrigues a propósito deste encontro anual que termina sempre com a celebração da Eucaristia, depois de um momento de Adoração e da reflexão sobre dois temas a partir do Evangelho.

Scroll to Top