Pedro Catarino fala na importância dos responsáveis políticos colocarem o bem comum acima de interesses de grupo ou individuais
O Representante da República para os Açores, Pedro Catarino, defendeu este sábado a necessidade de uma maior transparência na vida pública e a colocação do interesse comum acima de qualquer forma de populismo ou individualismo.
Pedro Catarino falava nas cerimónias do 10 de Junho, no Solar da Madre de Deus, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
Segundo o Representante da República para os Açores, o progresso científico e tecnológico contribuiu para uma sociedade “em que muitos dos laços comunitários vão dando progressivamente lugar a um individualismo reinante, no qual todas as pretensões tendem a transformar-se em direitos”.
“Incerteza, individualismo, desigualdade, são, pois, alguns dos fatores que, associados à crise que afeta a representação política, são explorados para sustentar visões dicotómicas que dividem o mundo”, frisou.
Nesse sentido, defendeu que é urgente refletir sobre os instrumentos políticos e jurídicos que a comunidade pode desenvolver para “fazer frente à onda de populismo que assoma nas democracias ocidentais”.
Para Pedro Catarino, Portugal e as suas regiões autónomas devem, por isso, procurar consolidar as suas instituições políticas e a dinâmica dos múltiplos agentes da sociedade civil.
“No caso das instituições políticas é fundamental reforçar a transparência do seu funcionamento e os mecanismos de responsabilização na sua relação com os eleitores e os administrados. Ao passo que, no tocante aos principais atores da sociedade civil, importa sobretudo estimular a consciência social das empresas, incentivar tecnicamente e apoiar financeiramente o empreendedorismo económico e sobretudo o empreendedorismo social, que a cada dia que passa nos surpreende com novas ideias e projetos inovadores”, apontou.
Pedro Catarino recordou também, no seu discurso, a recente visita aos Açores do Presidente da República (entre 01 e 06 de junho), salientando que Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido “calorosa e festivamente pelos açorianos”.
“Trouxe-nos, com o seu calor humano e a bondade do seu caráter, uma mensagem de união e de confiança que nos fortalece a todos e nos inspira para enfrentarmos o futuro com esperança e otimismo, mas também com determinação e empenhamento e sobretudo com muito trabalho”, frisou.
Este ano, foram condecoradas, no Dia de Portugal, quatro personalidades açorianas, os médicos José Rocha Lourenço e Álvaro Gregório, com o grau de comendador da Ordem de Mérito, e os investigadores António Frias Martins e Eduardo Brito de Azevedo, com insígnias de comendador da Ordem da Instrução Pública.
(Com Lusa)