Madre Teresa da Anunciada aguarda pelo inicio formal do processo de beatificação e canonização
A religiosa que dedicou toda a sua vida no convento à promoção do Culto ao senhor santo Cristo dos Milagres nasceu há 365 anos na Ribeira Grande, freguesia da Ribeira Seca onde existe um mural a retratar esta devoção de Madre Teresa da Anunciada.
Num texto de opinião publicado no Sítio Igreja Açores, António Pedro Costa, presidente da Fundação Pia Diocesana de Nossa Senhora das Mercês e um dos principais impulsionadores da “causa” de beatificação e canonização de Madre Teresa, que já teve vários postuladores mas nunca avançou formalmente, lamenta que a data “passe despercebida”.
“De acordo com o que tinha sido divulgado, foram preparados diversos eventos comemorativos, que poderiam constituir um importante impulso para o tão almejado processo de beatificação de Madre Teresa da Anunciada. Afinal, a celebração da data de 25 de novembro ficou pelo caminho, sem que se tenha justificado tal desmerecimento”, afirma António Pedro Costa
Teresa de jesus, mais tarde Madre Teresa da Anunciada nasceu a 25 de novembro de 1658 e, desde criança, “evidenciou uma grande tendência religiosa”.
“Era notável a sua caridade com os mais necessitados, que lhe batiam à porta e de quem tratava com o maior desvelo e o desejo secreto de falar com Deus” refere o articulista
“No convento em Ponta Delgada continuou com a sua missão de ajuda aos pobres atendendo todos os que a ela recorriam em hora de aflição ao ponto de ter pedido ao rei que terminasse com uma contribuição que estava empobrecendo muita gente, conseguindo, surpreendentemente, o seu objetivo. A sua humildade, de que foi exemplo.”, acrescenta.
“Teresa sempre valorizou os dons divinos através de oração, meditação, caridade e penitência. As suas virtudes e orações irradiavam do convento e levavam a todos o conforto e o auxílio espiritual. Trilhava já o caminho dos santos. Morreu com fama de santidade. Uma Santa que o povo açoriano espera e deseja ver oficialmente canonizada”.
Neste momento está indicada uma Comissão Histórica para avaliar os passos já dados no sentido de se iniciar o processo diocesano que possa ser desencadeado. Na sua terra natal foi colocado um mural nas paredes exteriores da Igreja de São pedro, na Ribeira Seca e têm sido várias as iniciativas relacionadas com a memória da religiosa. Por ocasião das Festas do Senhor Santo Cristo, em maio, foram desencadeadas algumas iniciativas relacionadas com a vida e a obra desta religiosa que para muitos devotos tem aura de santidade, mas que para já não passa de uma devoção particular, sem o reconhecimento da Igreja.
Depois de uma vida dedicada à promoção do culto da imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, morreu aos 79 anos, com fama de santidade, a 16 de Maio de 1738.