“As bem-aventurança convocam-nos a uma mudança na forma como olhamos para o mundo”- Padre Emanuel Valadão Vaz esta manhã , no Santuário do Senhor Santo Cristo
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O reitor do Seminário Episcopal de Angra, padre Emanuel Valadão Vaz alertou esta manhã para o perigo de deixarmos de olhar para o mundo e para as pessoas com os olhos de Deus, durante a homilia da celebração a que presidiu, no Santuário do Senhor Santo Cristo e na qual participaram os 8 candidatos ao diaconado permanente, que serão ordenados no dia 22 de junho, na Sé de Angra.
“Se deixarmos de olhar o mundo com os olhos de Deus vamos perdendo a fé, as forças, e o entusiasmo para vivermos a nossa fé” disse o sacerdote que destacou as bem-aventuranças, proclamadas na liturgia deste domingo, a partir do evangelho de Marcos como uma espécie de convocatória para a conversão.
“As bem-aventurança convocam-nos a uma mudança na forma como olhamos para o mundo, como vivemos e comunicamos a esperança”, disse recordando que mesmo nos momentos mais difíceis “Deus está sempre presente e faz surgir algo de novo”.
“Se há evangelho que nos desperta para a esperança é este. Não se trata de um conhecimento intelectual, pastoral ou doutrinal mas de deixarmos trabalhar esta esperança” disse ainda o padre Emanuel Valadão Vaz que desde sexta-feira, juntamente com o diretor espiritual do Seminário, padre Nelson Vieira, está numa formação com os diáconos. Quatro deles são solteiros e quatro casados; seis de são de São Miguel, um é da Terceira e outro é do Pico.
“ Procuremos todos, através da nossa oração, ajudar os 8 homens que estão a fazer formação há já quatro anos para se colocarem ao serviço da Igreja. Peçamos que eles sejam capazes de por a render o dom do serviço e da caridade, para estarem ao serviço do mundo através da igreja, ao serviço dos pobres”, disse.
“Querer ser discípulos é quere seguir Jesus, os seus passos, a sua Palavra e o seu exemplo” disse ainda recordando que neste caminho há que “desramar”
“As bem-aventuranças passam pela nossa pobreza evangélica e quando formos ao encontro de alguém que não vamos inchados, convencidos do nosso saber mas que possamos ir desarmados para podermos aprender com todos os que colocarem diante de nós”, afirmou.
“Se queremos viver esta esperança, o nosso batismo , livrando-nos das falsas imagens que temos de Deus, dos outros e do mundo, deixemos que Deus faça o seu trabalho”, concluiu.
Este domingo, o 6º do tempo Comum, a liturgia fala de opções, de escolhas acertadas para construir uma vida com sentido. De um lado está o caminho que Deus propõe; do outro está o caminho que nos é apontado pela lógica dos homens. O caminho que Deus aponta parece um caminho “improvável” e obriga-nos frequentemente a navegar contra a corrente; mas é, garantidamente, o caminho que leva à vida verdadeira.