Região tem 116 sem abrigo sinalizados

Governo Regional dos Açores apoia ampliação de “Abrigo Amigo” na Terceira e vai construir novo abrigo em São Miguel numa parceria com a Cáritas e com a Associação Novo Dia.

O Governo Regional dos Açores vai apoiar as obras de ampliação e remodelação do edifício Abrigo Amigo, em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, que permitirão que esta estrutura que acolhe pessoas sem abrigo possa triplicar a sua capacidade, passando das atuais 10 vagas para 30.

 

A obra no edifício da Confederação Operária Terceirense está inscrita na Carta Regional de Obras públicas e visa, para além da ampliação da estrutura criar “condições de maior dignidade a este espaço”, disse a Secretária Regional da Solidariedade Social, Piedade Lalanda.

 

Durante a a apresentação pública do projeto de arquitetura da remodelação do edifício, que ocorreu ontem em Angra do Heroísmo, a responsável salientou que a iniciativa, orçada em 600 mil euros, permite reabilitar o património edificado, situado na zona histórica de Angra do Heroísmo, mas também um espaço que acolhe uma resposta social “importante”, enquanto lugar de referência no processo de inclusão social dos sem-abrigo.

 

Piedade Lalanda frisou que este tipo de resposta social proporciona “uma oportunidade” para as pessoas sem-abrigo, um lugar onde podem, de novo, fazer “escolhas”, incluindo a possibilidade de recuperação de competências profissionais através da atividade nas oficinas.

 

Durante o período das obras, que deverão arrancar em meados deste ano, o serviço do Abrigo mantém-se, até “com um aumento ligeiro da capacidade” numa casa arrendada para o efeito, no centro da cidade, garantiu ao Portal da Diocese o responsável  pela Confederação OPerária Terceirense, Nelson Lourenço.

Piedade Lalanda disse, ainda, que atender este público vulnerável constitui uma das prioridades do Executivo açoriano, que vai avançar com a construção de um novo centro de acolhimento temporário e de emergência para pessoas sem-abrigo, em Ponta Delgada, numa iniciativa que envolve, em parceria, a Cáritas de São Miguel e a Associação Novo Dia.

 

Ao todo a região tem sinalizados 116 sem abrigo, 103 homens e 13 mulheres.

 

Uma situação que para a responsável governamental pode ter “várias explicações sociológicas”.

 

Questionado pelo Portal da Diocese sobre o problema dos sem abrigo, o responsável diocesano pela Pastoral Social e Mobilidade Humana, Pe Cipriano Pacheco, adiantou que se trata de um assunto “muito sério” que tem de ser visto “em toda a sua dimensão” e a equipa diocesana “está a trabalhar para melhor responder a este tipo de situações que infelizmente se registam em número cada vez maior”.

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