Rancho de Romeiros de Nossa Senhora do Rosário iniciou esta madrugada a sua romaria

27 homens percorrem as estradas da ilha, rezando em todas as igreja e ermidas, do nascer ao por do sol até domingo

Foto: Igreja Açores/DS

Depois do Rancho feminino de Nossa Senhora do Rosário ter saído de 7 a 9 de março, agora é a vez dos homens. Durante os próximos seis dias, até domingo, do nascer ao por do sol, darão a volta à ilha.

Carlos Brasil assume pela primeira vez a liderança do grupo com 27 irmãos, maioritariamente das paróquias do Topo de de Santo Antão.

“A minha única preocupação é que tudo corra bem não só do ponto de vista logístico, mas sobretudo espiritual” refere Carlos Brasil.

“Antes era mais estranho, agora as pessoas já estão mais familiarizadas com as romarias e já se aproximam de nós para pedirem orações por intenções particulares” adianta recordando que com esta maior familiaridade talvez se possa, a breve trecho, completar a romaria com as pernoitas em casa de famílias.

“Gostaríamos de dar este passo mas nem todas as paróquias ainda estão familiarizadas com esta dinâmica e por isso ainda não o podemos fazer”, refere.

As Romarias Quaresmais são uma peregrinação típica de São Miguel, com mais de 500 anos que agora se estendeu também a outras ilhas e até à diáspora açoriana, sobretudo no Canadá, onde existem dois ranchos masculinos.

Durante oito dias das 4h00 da manhã às 7h00 da noite, do nascer ao por do sol, grupos de homens percorrem a ilha de São Miguel, dormindo em casas de famílias e comendo do que lhes é dado.

È porventura uma das realidades da piedade popular com maior despojamento envolvendo comunidades inteiras, pois além dos homens que caminham, as famílias, os que os acolhem e as comunidades  por onde passam juntam-se à sua oração.

Este movimento, profundamente mariano, tem um código de conduta próprio constante no regulamento das romarias que sendo válido para São Miguel também é seguido em São Jorge e na Terceira, onde este ano se completará a XIX Romaria.

 

 

 

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