Festa de Natal reúne a “família do Seminário”, juntando professores aluno, funcionários e benfeitores
Primeiro foi uma eucaristia de ação de graças , depois um convívio, dois momentos da Festa de Natal do Seminário Episcopal de Angra que esta quinta-feira juntou alunos, professores, funcionários e benfeitores.
O reitor do Seminário, que organiza pela primeira vez esta festa, pediu à “querida família do Seminário” que “avance sem medo” seguindo a “esperança” que o Menino Jesus representa “num espírito familiar” e “na descoberta sincera do que cada um possa dar” para que a comunidade “viva em plena fraternidade”, disse o padre Emanuel Valadão Vaz.
“Querida família avancemos com o Menino da Esperança, sem medo e procurando acolher o pobre que há em cada um de nós e o mais necessitado”, afirmou o padre Emanuel Valadão Vaz.
“Celebramos a iniciativa de Deus, que nos convocou para fazer caminho conjunto, atualizar a procura constante do espírito familiar, numa descoberta sincera do que cada um é e pode dar, para vivermos em plena fraternidade, como uma família”, pediu ainda o novo reitor.
O bispo, que presidiu à Eucaristia agradeceu a todos “o bom desempenho”.
“Hoje precisamos de gente que se forme nos seminários para as comunidades” afirmou o prelado lembrando que nem o mundo nem os Açores vivem em contexto de cristandade e por isso há que adaptar a matriz sacerdotal em função dos tempos.
“Antes era-mos muitos mas todos formatados; hoje já não é assim e “temos de respeitar o caminho de cada um, a diversidade do que cada um é e pode ser. Os tempos são diferentes e hoje, meus caros, é muito mais difícil ser padre”, e o grande desafio é “todos ajudarmo-nos a sermos o que cada um deve ser e quer ser”.
“Obrigado pelo que fazeis e coragem!”, exortou D. Armando Esteves Domingues sublinhando que a Diocese, e a Igreja em geral, precisam de ” padres empenhados uns com os outros, admirados uns com os outros, que se considerem e estimem”.
Como é tradição depois da festa no Seminário, os alunos foram convidados para as tradicionais “mijinhas do menino”, uma tradição muito açoriana, em que as pessoas se visitam de casa em casa para provarem os licores e iguarias da época. Até depois dos reis, amigos e familiares percorrem as casas para cumprirem esta tradição. A primeira a ser visitada neste conexto familiar foi a do Bispo de Angra, que ontem à noite recebeu os seminaristas. Já esta manhã, na aurora do dia, os seminaristas andaram de porta em porta, nos quartos onde residem professores, a cantar e a anunciar o nascimento de Jesus, uma forma de desejar boas festas.
Este ano o Seminário iniciou um percurso formativo novo com uma equipa formadora composta também por leigos e as etapas da formação cumpridas em lugares distintos com o acompanhamento da equipa formadora e um vinculo ao Seminário. Apenas residem no Seminário os alunos que frequentam o sexénio. Os dois novos seminaristas que entraram para a instituição permanecem nas suas paróquias com ensino à distância. Os que completaram o sexto ano e se encontram a desenvolver trabalho pastoral estão também integrados em comunidades.