“Proteger toda a Vida” é o tema para 32º viagem apostólica, que começa na Tailândia, esta terça-feira
O Papa afirmou hoje numa mensagem vídeo sobre a sua viagem ao Japão que «defender o valor e a dignidade de toda pessoa humana” adquire «particular importância» face às ameaças à paz e condenou o uso de armas nucleares.
“[O Japão] está muito consciente do sofrimento causado pela guerra. Junto com vocês, rezo para que o poder destrutivo das armas nucleares nunca mais volte a ocorrer na história da humanidade. Usar as armas nucleares é imoral”, afirma na mensagem divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Neste contexto, o Papa assinalou que os japoneses também sabem como é importante “a cultura do diálogo, da fraternidade”, especialmente entre as diversas tradições religiosas, que “podem ajudar a superar as divisões, promover o respeito pela dignidade humana e avançar no desenvolvimento integral de todos os povos”.
“Confio que minha visita os encorajará no caminho do respeito mútuo e do encontro que leva a uma paz segura e duradoura que não volta no tempo. A paz é tão bela que, quando é real, não retrocede: É defendida com dentes”, desenvolve.
‘Proteger toda a Vida’ é o tema da viagem do Papa Francisco ao Japão, onde vai visitar Tóquio, Nagasaki e Hiroshima, entre os próximos dias 23 e 26 de novembro, mas a 32ª viagem internacional do atual pontificado começa já esta terça-feira, na Tailândia, onde Francisco vai afirmar a importância do diálogo entre as religiões.
O Papa assinala que vai ter oportunidade de “apreciar a grande beleza natural” que caracteriza o Japão e expressar o desejo “partilhado de promover, fortalecer a proteção daquela vida que inclui a terra”, a casa comum e quão bela na sua cultura simboliza com as flores de cerejeira.
Francisco agradece “sinceramente” os “esforços” das muitas pessoas que estão a trabalhar para preparar a sua visita e manifesta “esperança” que os dias da visita sejam “ricos em graça e alegria”.
“Garanto-lhes a minha oração de solidariedade por todos e cada um de vocês. E peço-lhe, por favor, também ore por mim”, conclui.
A viagem do Papa ao Japão é a segunda na história e a primeira de um pontífice desde 1981, quando São João Paulo II visitou o país.
(Com Ecclesia)