O Papa apelou hoje à unidade da Europa, assinalando os 70 anos da ‘Declaração Schuman’ (9 de maio de 1950), que lançou as bases do projeto comunitário, evocando as consequências da pandemia de Covid-19.
“Nos últimos dois dias, houve duas comemorações: o 70.º aniversário da Declaração de Robert Schuman, que iniciou a União Europeia, e também a comemoração do fim da guerra. Hoje, peçamos ao Senhor para que a Europa cresça unida, nesta unidade de fraternidade que faz com que todos os povos cresçam em unidade na diversidade”, referiu, no início da Missa a que presidiu no Vaticano, com transmissão online.
Francisco renovou os seus apelos durante a recitação da oração do ‘Regina Caeli’, desde a biblioteca do Palácio Apostólico.
A ‘Declaração Schuman’, observou, “inspirou um processo de integração europeia, permitindo a reconciliação dos povos do continente, após a II Guerra Mundial, e o longo período de estabilidade e de paz”, que ainda hoje se faz sentir.
“Que o espírito da Declaração Schuman não deixe de inspirar os que têm responsabilidade na União Europeia, chamados a enfrentar, em espírito de concórdia e de colaboração, as consequências sociais e económicas provocadas pela pandemia”, afirma o Papa.
Após a oração, Francisco recordou que em muitos países se celebra hoje o Dia da Mãe (assinalado em Portugal a 3 de maio).
“Gostaria de recordar com gratidão e afeto todas as mães, confiando-as à proteção de Maria, a nossa Mamã celeste. O meu pensamento vai também para todas as que passaram para a outra vida e nos acompanham desde o Céu”, disse.
As celebrações presididas pelo Papa decorrem à porta fechada, desde março, para evitar a propagação dos contágios pelo novo coronavírus.
Francisco deslocou-se à janela do apartamento pontifício para conceder a sua bênção, diante de uma Praça de São Pedro deserta.
(Com Ecclesia)