Pe. Cipriano Pacheco afirma que o grande desafio para este tempo é “percorrer nos passos de Jesus”
A Semana Santa coloca em evidência uma “vida levada às últimas consequências” e por isso deve ser “percorrida” através do caminho indicado por Jesus, afirma o Pe. Cipriano Pacheco, professor de Filosofia no Seminário Episcopal de Angra e que este ano completa 50 anos de ordenação sacerdotal.
“Ao contrário do Natal em que celebramos o nascimento de Jesus e que, por isso, é um momento de exultação e de grande alegria, na Páscoa é o assombro perante o mistério que deve fazer-nos festejar”, afirma o sacerdote.
O período da Semana Santa que nos conduz à Páscoa mostra-nos “uma vida levada às últimas consequências, que passa pela morte e pela paixão e isso convida-nos não à exultação mas ao assombro perante o mistério”, esclarece o sacerdote interpelado pelo Igreja Açores.
O sacerdote enfatiza o significado de gestos “revolucionários” como o do Lava-pés, protagonizado na última Ceia e que os católicos hoje vivem na Missa da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa, iniciando as celebrações do Tríduo Pascal, ou a instituição da Eucaristia.
“São aspetos que nos convidam a percorrer nos passos do Senhor” frisa o Pe. Cipriano Pacheco.
A Igreja Católica inicia este domingo a Semana mais importante do seu calendário. O gesto do lava-pés, na missa de quinta-feira santa, contém um duplo significado, à luz do Evangelho de João: uma imitação do gesto realizado por Cristo ao lavar os pés dos Apóstolos no Cenáculo e a expressão do doar-se a si mesmo, exemplificada com aquele ato.