17 doentes serão visitados
A paróquia de Nossa Senhora dos Milagres, na ouvidoria de Ponta Delgada, vai retomar este domingo a Procissão dos Enfermos que já não se realiza há mais de uma década.
A visita aos doentes- neste caso 17- realiza-se a seguir à missa dominical das 10h00.
“Desde que cheguei à comunidade os paroquianos falavam sobre esta possibilidade e tendo visto que era algo desejável pelo povo, decidi retomar a procissão. No dia do anúncio à comunidade, ninguém sabia, e a notícia foi recebida com grande alegria por todos os que estavam presentes nas Eucaristias”, informa uma nota da paróquia citando o pároco, Pe Davide Barcelos.
A recuperação desta procissão, que se realiza de uma forma generalizada em várias paróquias do arquipélago açoriano, “faz todo o sentido ao celebrar o ano da Misericórdia, possibilitando assim, o cumprimento de uma das obras da misericórdia `visitar os doentes´, levar-lhes conforto e esperança”, sublinha ainda a nota.
De acordo com o Padre Davide Barcelos as procissões religiosas fazem parte da religiosidade popular do povo e “quando se retira e sem grande explicações vamos também a pouco e pouco matando a comunidade”, refere o sacerdote na nota enviada ao Sítio Igreja Açores.
Entende, por isso, que “ao investir-se na religiosidade popular, como uma boa escola, está-se a ajudar o povo a crescer na sua fé, aderindo com esclarecimento à pessoa de Jesus Cristo e ao mesmo tempo mantendo a sua identidade”, sublinha ainda.
A procissão vai percorrer várias ruas da paróquia e serão visitados 17 doentes, a quem serão oferecidos doces, transportados por crianças vestidas de anjo.
Depois da realização da procissão nos Milagres, o Pe. Davide Barcelos entende que será possível fazer o mesmo, num futuro próximo, na paróquia vizinha, Nossa Senhora da Saúde, que também já não realiza a procissão há quase 30 anos.
“Não se pode colocar essa hipótese de parte, embora a Paróquia de Nossa Senhora da Saúde, já tenha uma procissão com o Santíssimo Sacramento que se realiza sempre na sua festa de Verão. Contudo, havendo vontade das pessoas e doentes, não vejo razão para não se realizar”, acrescentou o pároco.
(Com Lília Almeida)