Presidente da Cáritas apresenta “nova” Editora da organização

Congresso Humanizar a Sociedade divulga livro com o mesmo título

A Cáritas tem a responsabilidade de operar uma transformação social e por isso a editora que agora faz emergir no mercado destina-se a potenciar essa conversão através da leitura, disse esta quinta feira o Presidente Nacional da Cáritas no âmbito do Seminário “Humanizar a Sociedade” promovido em Angra do Heroísmo pela Cáritas da ilha Terceira.

“A ação da Cáritas é o pão e o trabalho, mas há uma missão que é comum à Igreja que é a conversão, e que na área da Cáritas se chama transformação social” precisou Eugénio Fonseca sublinhando que a ação não é fazer com que tudo fique na mesma, “é fazermos passar uma sociedade inumana para uma sociedade humana”.

Por isso, adiantou, o surgimento da Editorial Cáritas não é um projeto comercial nem sequer “um contributo para dar sustentabilidade financeira à Cáritas; mas sim para publicarmos coisas que têm interesse e permitem projetar a nossa actividade”. Prometeu, ainda “critério e ponderação” quer nas publicações quer nas tiragens, anunciando a existência de um protocolo com a Universidade Católica de Lisboa Porto e Braga para a publicação de teses de mestrado e doutoramento que possam contribuir para um aprofundamento destas questões sociais.

O projeto editorial foi apresentado no âmbito do Seminário que decorreu em Angra esta quinta e sexta feiras sobre “Humanizar a Sociedade”, através de projetos de economia solidária e com ética social.

Aliás, na sequência da apresentação desta editorial foi lançado o livro do Padre Georgino Rocha, da diocese de Aveiro, “Humanizar a Sociedade, Responsabilidade de todos. Contributo dos mais vulneráveis”, uma edição da instituição.

O livro foi apresentado pelo Reitor do Seminário Episcopal de Angra, Cón. Hélder Miranda Alexandre que percorreu os 15 capítulos fazendo um resumo de cada um deles e enfatizando o que de mais importante o livro apresenta.

“O livro atravessa uma série de temas que se encadeiam em histórias concretas partindo da noção de que muitos dos que fazem diálogo com o mundo ficam no mundo mas o Pe Georgino leva o mundo até Cristo”, disse o responsável pelo Seminário Episcopal de Angra.

O livro fala da necessidade de um “estilo de vida sóbrio que somos convidados a ter”, da necessidade de uma “ética de solidariedade”; da importância da “escuta, do diálogo e da comunicação”; da importância da Família “que humaniza a sociedade”; da partilha e transmissão de valores de que o mundo atual carece, mas sem saber quais”; da importância da participação cívica e política dos cristãos“em prol do bem comum”; da proteção aos mais fracos, desde os idosos aos mais novos; em suma de “uma ética social para uma maior solidariedade”.

“A finalidade é querer o bem comum e trabalhar por ele com justiça e caridade” conclui o reitor citando o autor do livro que já foi lançado há algum tempo, “ainda antes da Encícclica do Papa mas que antecipa muitas das questões levantadas pelo santo Padre”, ressalva ainda o Cón. Hélder Miranda Alexandre.

O livro foi apresentado no final do primeiro dia de trabalho do Seminário organizado pela Cáritas da ilha terceira, que decorreu quinta e sexta feiras em Angra do Heroísmo.

(Com Nuno Pacheco de Sousa)

 

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