A Pontifícia Academia para a Vida (PAV), da Santa Sé, publicou hoje um comunicado a revogar a nomeação do médico português Rui Nunes como membro correspondente daquele organismo.
Na nota, divulgada online, a Pontifícia Academia para a Vida refere que se tratou de uma decisão tomada em “completo acordo com o próprio Rui Nunes”, e que teve em conta “uma mais aprofundada avaliação do trabalho científico” daquele responsável, mais concretamente “no tocante ao tema do fim da vida”.
“Estamos, de qualquer maneira, certos de que poderá haver mais oportunidades para trabalharmos juntos sobre relevantes temas de bioética que futuramente se apresentarem, mesmo que com diferentes visões e bases antropológicas e teológicas”, pode ainda ler-se.
O médico Rui Nunes, atual presidente da Associação Portuguesa de Bioética, tinha recebido a 27 de fevereiro deste ano a carta de nomeação como membro correspondente da Pontifícia Academia para a Vida.
Segundo o mesmo comunicado, o também professor da Universidade do Porto já foi informado, através de uma carta assinada pelo presidente da PAV, o arcebispo italiano Vincenzo Paglia, acerca da revogação.
Fundada por São João Paulo II, a Academia Pontifícia para a Vida está a assinalar 25 anos de existência e tem reforçado nos últimos anos o objetivo de responder às interrogações suscitadas pelo “crescente ritmo da inovação tecnológica e científica”.
Composto por 151 membros espalhados pelos cinco continentes, aquele organismo destaca-se pelo “compromisso com a promoção e proteção da vida humana em todo o seu desenvolvimento, a denúncia do aborto e da eliminação do doente”.
Atualmente, a Pontifícia Academia para a Vida conta entre o grupo dos conselheiros correspondentes com o médico português Filipe dos Santos Almeida, diretor de serviço de Humanização do Centro Hospitalar Universitário de São João.
Ainda relativamente a Portugal, destaque para a presença entre os conselheiros do investigador sueco Mark Maeurer, atual responsável pelo Programa de Imunoterapia da Fundação Champalimaud, em Lisboa.
Quanto aos anteriores membros da Academia, há a registar também um nome português, do médico Daniel Serrão, que integrou a PAV entre 1994 e 2017, ano do seu falecimento.
(Com Ecclesia)