Pastoral Familiar quer valorizar a família cristã e a defesa da «vida nascente»

Os problemas de natalidade voltam a dominar ano da família

O coordenador do Departamento Nacional da Pastoral Familiar disse que a reunião entre os secretariados diocesanos e a Comissão Episcopal do Laicado e Família foi importante para programar atividades futuras e a apostar na defesa da vida e da família.

“A grande preocupação é a questão da vida nascente e vamos procurar que haja a possibilidade de existirem ações com mais visibilidade a nível nacional e em cada diocese”, revelou Luís Reis Lopes, sobre a reunião deste sábado, em Fátima.

Em declarações hoje à Agência ECCLESIA, o responsável adiantou que os secretariados diocesanos da família, nomeadamente Lisboa, Leiria-Fátima, Coimbra e Porto, estão a ponderar fazer “festas”, no final da Semana da Vida, em Maio.

A nível nacional pretendem sair da igreja para os “centros comerciais e espaços onde as pessoas circulam” para que possam “fazer mais algumas ações”, tendo mais impacto e visibilidade.

Na reunião anual entre o Departamento Nacional da Pastoral Familiar e os bispos da Comissão Episcopal do Laicado e Família defendeu-se a necessidade de “focar” a questão do “inverno demográfico” e as preocupações para que se criem condições para “os jovens se entusiasmem para “terem filhos”.

“As condições sociais e económicas, como o desemprego, não favorecem que exista uma maior natalidade mas temos esperança que estas coisas mudem”, observou o interlocutor.

Segundo Luís Reis Lopes, os desejos e objetivos são que a família seja “sujeita e principais portadores de evangelização”, em concreto, a descoberta do matrimónio cristão como “proposta aliciante e sedutora para os jovens”.

“Que contribuição a Igreja pode dar para que as famílias e os jovens se sintam encorajados a assumir o matrimónio e ao mesmo tempo se tornarem fermento na sociedade e promotores da evangelização. O anúncio da Boa Nova de viver em família e viver a família cristã”, desenvolveu sobre a reflexão conjunta com os bispos.

Para além de analisarem e refletirem o trabalho a nível diocesano e a Semana da Vida, ana reunião em Fátima também abordaram o Encontro Mundial das Famílias onde o Papa Francisco vai participar na Filadélfia, Estados Unidos da América, em setembro, as Jornadas Nacionais da Família e como motivar, reunir e refletir com as famílias as perguntas para o Sínodos do Bispos em outubro.

“A proposta vai no sentido de organizar encontros de preparação não só do encontro mundial mas como horizonte o sínodo”, acrescenta o responsável que adianta o objetivo de uma motivação e mobilização como “houve no primeiro questionário”.

“O primeiro teve o efeito surpresa e agora é preciso maior consistência e profundidade a essa reflexão para que as pessoas sintam que o que refletem e dizem tem efeito”, considera o responsável.

Sobre o encontro mundial em Filadélfia, o entrevistado explicou que a proposta da Pastoral da Família do Patriarcado de Lisboa vai ser assumida como nacional e vão tentar “ter uma delegação nacional” presente.

Neste encontro participaram cerca de 50 pessoas, entre elas o responsável diocesano pela pastoral familiar, Cónego José Medeiros Constância,  alguns secretários tiveram atividades nas suas dioceses, e o responsável do Departamento Nacional da Pastoral Familiar destacou também a cooperação entre os movimentos e os secretariados diocesanos com a programação de atividades onde “há uma maior partilha, entreajuda e união”.

Outro objetivo é partilhar mais a informação no sítio online do departamento para que  esta “circule” e as “iniciativas muito interessantes” possam ser “agarradas e desenvolvidas” por outras dioceses e movimentos.

CR/Ecclesia

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