Pastoral da Cultura promove segundo ECOntro e junta notáveis da cultura e academia açorianas

Em destaque, no próximo dia 7, vai estar o conceito de ecologia integral

O Serviço Diocesano da Pastoral da Cultura dos Açores promove na próxima sexta-feira, dia 7 de fevereiro, às 20h00, no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada, o segundo ECOntro no âmbito da caminhada sinodal diocesana que, no momento presente, escuta a voz da atualidade, segundo uma nota enviada pelo serviço ao Igreja Açores.

Tal como o primeiro, sobre a ECOnomia, o segundo evento debruçar-se-á sobre a “casa”comum a uma família refletindo sobre as problemáticas da ecologia integral, tanto espiritual e física, como social e ambiental, “na lógica de que só o auto-conhecimento (ecologia interior), que leva a uma correta gestão do próprio ser (economia interior), potenciará o conhecimento verdadeiro e a gestão justa e solidária da cultura e do cosmo” refere a nota enviada ao Igreja Açores.

O ECOntro terá cinco pequenas reflexões, seguidas de um diálogo aberto a todos os participantes. Moderado pelo Padre Ricardo Tavares, diretor do Serviço Diocesano da Pastoral da Cultura nos Açores, que introduzirá a encíclica do Papa Francisco sobre a ecologia, Laudato Si’ (2015), contará com intervenções de Avelino Meneses, antigo reitor e professor catedrático na Universidade dos Açores, e Secretário Regional da Educação e Cultura (Diálogo Inter-religioso); António Soares, professor auxiliar na Universidade dos Açores (Ecologia Ambiental); Leonor Sampaio da Silva, professora auxiliar na Universidade dos Açores (Arte e Cultura); Amélia Lopes, professora de Português no Ensino Básico (Espiritualidade); e Fernando Melo, professor de Educação Física no Ensino Secundário (Desporto).

A entrada é gratuita e não está sujeita a inscrição prévia.

A nota enviada ao Igreja Açores recorda os documentos do Magistério, escritos nos vários pontificados e contextualiza a encíclica do Papa Francisco, recorrendo a citações do texto.

“O Papa Francisco, na Laudato Si’, relega para o íntimo humano a raíz única dos problemas sócio-económicos e ambientais: a falta de uma ecologia interior” refere a nota. “Hoje, não podemos deixar de reconhecer que uma verdadeira abordagem ecológica torna-se sempre uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres” (45). Estas situações provocam os gemidos da irmã terra, que se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo (53)” sublinha citando o texto da Laudato Si.

A nota lembra ainda que o Papa afirma ser necessário “recorrer também às diversas riquezas culturais dos povos, à arte e à poesia, à vida interior e à espiritualidade. Se quisermos, de verdade, construir uma ecologia que nos permita reparar tudo o que temos destruído, então nenhum ramo das ciências e nenhuma forma de sabedoria pode ser descurada, nem sequer a sabedoria religiosa com a sua linguagem própria” (63). A verdadeira sabedoria, fruto da reflexão, do diálogo e do encontro generoso entre as pessoas, não se adquire com uma mera acumulação de dados, que, numa espécie de poluição mental, acabam por saturar e confundir” (47).

 

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