“Da Liberdade para o Amor” é o titulo da iniciativa do Serviço Diocesano da Pastoral da Cultura ao Padre Manuel António Pimentel
A Igreja do Colégio, em Ponta Delgada, vai ser o placo de uma homenagem ao Pe Manuel António Pimentel, que se realiza no dia 3 de março, pelas 20h30.
A iniciativa surge no contexto do ano pastoral marcado pela dinâmica da pastoral Social.
A homenagem, aberta ao público, “tem como finalidade aprofundar a Cultura da Solidariedade e da Justiça”, e contará, para tal, com duas comunicações: Um olhar feminino sobre o Testamento Espiritual, por Joana Simas, e Uma biografia em modo de testemunho, pelo Padre Cipriano Pacheco, que terminarão num diálogo aberto aos presentes, informa uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores pelo responsável diocesano da pastoral da Cultura, Pe Ricardo Tavares.
“Conhecido por ter lutado pela abertura da Sociedade e da Igreja açorianas aos ventos da liberdade, que há já algum tempo refrescavam o mundo, dirigiu o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos” refere ainda a nota que sublinha o trabalho desenvolvido pelo sacerdote que foi professor do Seminário de Angra e, no fim da vida, Vigário Episcopal para a Formação do Clero.
O evento oferecerá igualmente uma recitação poética, por Eleonora Marino Duarte, assim como a atuação musical do Coro de Nossa Senhora da Luz, dos Fenais da Luz.
O Pe Manuel António Pimentel nasceu na freguesia das Furnas, em 1939 e foi para o Seminário com 11 anos de idade. Depois da sua ordenação, a 3 de Junho de 1962, foi para Roma onde estudou Direito Canónico e Teologia Moral, tendo acompanhado de perto a realização do Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965.
Regressa depois à ilha Terceira para ser professor do Seminário Maior de Angra durante dois anos. Passado esse tempo, assume o lugar de Diretor Espiritual no então Seminário Menor de Ponta Delgada durante três anos, regressando de novo ao Seminário Maior de Angra do Heroísmo como professor até 1975, altura em que vai para França, onde frequenta o Curso de Formação dos Padres do Prado.
Durante esse período da sua vida, o episcopado português encarrega-o, juntamente com outros sacerdotes, de trabalhar junto dos emigrantes.
Nos anos oitenta, é designado assistente para o diálogo no Movimento dos Trabalhadores Cristãos, do qual é membro, desenvolvendo o seu trabalho durante seis anos em Bruxelas, sede deste movimento. Volta a Portugal, para a diocese de Setúbal e é pároco, entre outras comunidades, no Barreiro.
Em 2000, por iniciativa do então bispo de Angra, regressa ao arquipélago onde começa por ser Vigário Episcopal para a Formação e, por último, fica encarregue da coordenação do Tribunal Eclesiástico na delegação de Ponta Delgada.
Morreu no dia 10 de setembro de 2004. No dia 26 de janeiro de 2005, a Assembleia Legislativa dos Açores aprovou um voto de pesar pelo seu falecimento.