Programa de Rádio Igreja Açores “visitou” as paróquias mais pequena e maior da diocese de Angra
Além da distância geográfica entre a maior e a mais pequena paróquia da diocese de Angra fica um mar de diferenças, a começar pelo número de habitantes que condiciona a actividade pastoral de Rabo de Peixe e do Mosteiro, em São Miguel e nas Flores, respetivamente.
Nesta segunda semana do advento, que está a terminar, o programa de rádio Igreja Açores falou com os respetivos párocos e procurou conhecer a dinâmica da igreja por estes dias em que a palavra chave é mesmo solidariedade, à medida de cada situação.
“Somos muitos e há pessoas com muitas dificuldades, e por isso, nestes dias instamos os que mais podem a dar uma mãozinha a quem tem menos” referiu ao programa de rádio Igreja Açores o pároco José Cláudio.
“Incentivamos à solidariedade e à partilha, sobretudo de alimentos e com os vicentinos organizamos o apoio para as famílias mais necessitadas da paróquia”, acrescenta o sacerdote.
Rabo de Peixe, situado na costa norte de São Miguel, na ouvidoria da Ribeira Grande, tem 9700 habitantes, muitos deles nos passos de Jesus e com uma enorme devoção mariana.
As Festas Religiosas são extremamente valorizadas pela população local, e representativas da cultura desta vila, atraindo inúmeros visitantes não residentes na localidade. E todas giram em torno da igreja do Bom Jesus, a igreja paroquial.
Segundo o Pe José Claudio, pertencente à comunidade Obra de Maria “procuramos despertar as pessoas para o encontro com Deus”.
“Neste tempo do Advento seguimos a liturgia e somos convidados a lembrar um Deus que veio; que um dia virá e que continua vindo no dia a dia da vida e é isso que procuramos transmitir” referiu.
No outro lado do arquipélago está o Mosteiro, na ilha das Flores. É a paróquia mais pequena da diocese. Com 30 habitantes, “vive o Advento à sua maneira e de acordo com a sua dimensão” refere o ouvidor, Pe Ruben Sousa.
Nas Flores a gestão das 10 paróquias é feita in solidum por quatro sacerdotes embora só um se dedique em exclusivo a uma comunidade; os restantes procedem a uma administração conjunta das paróquias.
No Mosteiro, concelho das Lajes, não há movimentos nem sequer grupo de leitores mas “faz-se o mesmo que em todas as outras paróquias” refere o Pe Ruben Sousa.
“Fazemos visita aos doentes, aos idosos, celebramos a Eucaristia; ou seja procuramos manter o ritmo celebrativo de uma paróquia que tem muito poucas pessoas”, precisou.
O Mosteiro foi um curato da Fajãzinha e graças ao empenho de António Freitas, seminarista, emigrado na China onde fez fortuna, foi mandada construir uma igreja de invocação à Santíssima Trindade em sinal de reconhecimento por ter conseguido salvar todos os seus bens.
Alguns anos mais tarde, em 1850, Mosteiro foi elevado a Paróquia, conjuntamente com o lugar da Caldeira, já a Igreja estava construída.
O programa de rádio Igreja Açores vai para o ar, este domingo, a partir do meio dia no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.